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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: Foi como um furacão. Em pouco tempo, dezenas e dezenas de balsas e dragas, a maioria delas atracadas, foram queimadas, seus motores jogados no rio; tudo destruído. Parecia uma guerra, as cenas registradas mais uma vez no rio Madeira.
A ação, que contou com a participação de 60 policiais federais de oito estados (RO, SC, AC, MS, PE, RR, DF e BA), quatro servidores do Ibama e teve o suporte da aeronave tática da PF, consistiu na inutilização de 144 dragas utilizadas por garimpeiros na região.
Não era guerra, porque um dos lados, desarmado e assustado, acompanhava, atônito, forças de segurança do Estado agindo com virulência e destruindo o que viam pela frente. Eventuais protestos da beira do rio eram contidos com balas de borracha.
A Força Nacional, Polícia Ambiental e outras polícias, cumprindo ordem vindas de cima, obviamente, atacaram nas regiões de Maruim e Aliança, tratando os garimpeiros como se fossem perigosos bandidos. Aliás, nem traficantes de drogas quando flagrados, recebem o mesmo tratamento.
Mas hoje, os garimpeiros, a maioria deles pobres, gente que sobrevive do garimpo, são tratados como maiores inimigos da Nação, enquanto há cada vez mais leis protegendo os verdadeiros bandidos.
É o país do inverso, onde trabalhadores são tratados como facínoras e os que matam, trucidam, formam facções que comandam parte do país, muitas vezes, são considerados apenas “vítimas da sociedade”.
Essa vergonha, que autoriza policiais a destruírem o patrimônio alheio, como o Ibama e Polícia Federal fazem, aliás, queimando e destruindo máquinas e equipamentos, com poderes totais, é mais uma demonstração clara para o lado que nosso Brasil está descambando. Lamentável!
Fonte - Sérgio Pires
Veja o vídeo: