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Polícia Civil investiga mulher que jogou filha recém-nascida em matagal


G1

Publicada em: 06/06/2018 16:45:07 - Atualizado

ARIQUEMES, RO - Polícia Civil de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, investiga se uma mulher de 35 anos matou a própria filha recém-nascida ou se tomou algum medicamento para abortar a criança. A mulher fez o próprio parto na noite de domingo (3), dormiu ao lado do bebê e ao perceber que a filha estava morta, a jogou em um matagal próximo ao barraco onde mora, no Setor Mutirão.

De acordo com o delegado responsável pelo caso Joás da Silva Gomes, a mulher confessou ser usuária de entorpecentes durante o depoimento e que ainda não possui provas concretas de que ela assassinou a criança.

“Pegamos todos os detalhes durante a oitiva e não é possível comprovar, em primeiro momento, que ela matou a criança. Foram solicitados alguns exames como o tanatoscópico, a necrópsia e um exame de sangue, devido ela ser usuária de drogas e a gente vai aguardar o resultado da perícia para tomar as providências”, contou.


Delegado Joás da Silva cometa que Polícia Civil aguarda pelos resultados dos exames da perícia  (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)

O caso foi descoberto após um ex-companheiro da mulher solicitar a Polícia Militar até a casa dele, no Setor 2, e relatar que havia passado um dia com ela, sendo que ela estava gestante. Mas ao reencontrá-la, na segunda-feira (4), ela afirmou que tinha retirado o feto e dispensado em um matagal.

Com a informação, os policiais foram até um barraco, onde ela vive, no Setor Mutirão e a questionaram sobre o que havia acontecido. Ela contou à PM que tirou o bebê durante a madrugada, o deixou próximo dela e adormeceu, mas quando acordou, percebeu que a criança estava morta.

Em seguida, a mulher disse que enrolou a recém-nascida em uma toalha, colocou dentro de uma sacola e a jogou em um matagal próximo do barraco. Ela ainda levou os policiais até o local onde jogo a própria filha, onde encontraram o corpo.


IML apontará se mulher assassinou ou tomou medicamento abortivo (Foto: Jeferson Carlos/G1)Joás da Silva ainda declarou que uma portaria já foi instaurada para investigar o caso detalhadamente e que os familiares e vizinhos da mulher serão ouvidos nos próximos dias.

“A depender da situação, conforme correr as investigações, vamos pedir pela prisão da mulher. Desde que a perícia conste que ela agiu dolosamente ou algo deste tipo”, finalizou.

O G1 entrou em contato com o representante dos agentes penitenciários do município, o qual informou que a mulher não havia sido levada ao presídio feminino até a manhã desta quarta-feira (6). Ela deverá aguardar em liberdade até os resultados dos exames periciais sobre a morte do bebê.

A perícia técnica compareceu no local e após realizar os trabalhos investigativos encaminhou o bebê até o Instituto Médico Legal de Ariquemes. Segundo o delegado Joás da Silva, a mulher foi levada até a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) do município e aguardou até o outro dia para ser submetida aos exames necessários.

“Ela ficou detida até o amanhecer e a encaminhamos até o IML para fazer os exames. Agora, vamos aguardar e se ficar comprovado alguma esganadura ou alguma ação dolosa por parte dela, ela responderá pelo crime de infanticídio, ou se não, caso tenha tomado algum medicamente abortivo responderá pelo crime de aborto”, comentou o delegado.


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