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    porto velho, terça-feira 16 de dezembro de 2025

Empresário condenado diz que aceitou transportar 103 kg de ouro por R$ 10 mil

O empresário rondoniense Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, condenado a mais de oito anos de prisão em regime fechado...


Redação

Publicada em: 16/12/2025 17:58:59 - Atualizado

O empresário Bruno Mendes de Jesus foi preso com barras de ouro em Hilux em Rondônia — Foto: Montagem/g1

RONDÔNIA - O empresário rondoniense Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, condenado a mais de oito anos de prisão em regime fechado, afirmou à Justiça que receberia R$ 10 mil para transportar 103 quilos de ouro de Manaus (AM) até Boa Vista (RR). O minério foi avaliado em R$ 61 milhões, conforme cotação do Banco Central à época da apreensão.

A declaração foi feita durante o processo que resultou na condenação pelos crimes de transporte ilegal de matéria-prima pertencente à União e transporte de substância tóxica, em razão da presença de mercúrio no amálgama do ouro. Ele foi absolvido da acusação de receptação.

Segundo o interrogatório, Bruno disse que aceitou o serviço porque “precisava do dinheiro” e alegou não ter conferido a documentação da carga, afirmando ainda que desconhecia que o transporte de ouro sem comprovação de origem legal configura crime.

A prisão ocorreu em agosto deste ano, durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal, em Boa Vista. O empresário segue custodiado na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. À época, ele viajava acompanhado da esposa e do filho, um bebê de nove meses.

Bruno relatou que estava em passeio em Manaus quando recebeu a proposta por meio de um homem identificado apenas como “Artur”, que teria garantido que a carga estava regularizada. Conforme o depoimento, o ouro já estava escondido no veículo quando ele recebeu o carro, sob o argumento de evitar assaltos durante o trajeto.

A abordagem ocorreu na região da ponte dos Macuxis. Inicialmente, Bruno disse ser fiscal de obras, mas não soube informar detalhes sobre o suposto serviço. Posteriormente, admitiu que mentiu por nervosismo.

Em nota, a defesa informou que vai recorrer da sentença, sustentando que o empresário é réu primário, possui bons antecedentes e é o principal provedor da família. O caso foi conduzido pela Justiça Federal em Boa Vista, com atuação do Ministério Público Federal especializado no combate à mineração ilegal e crimes conexos.


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