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porto velho, terça-feira 15 de julho de 2025
VILHENA, RO - A Polícia de Vilhena concluiu o inquérito sobre um homicídio que aconteceu na região em 2008, mas que só passou a ser investigado em 2012, quando o autor do crime também já havia sido assassinado. Naquela época, Alexssandro Gomes Ferraz procurou a Delegacia de Policia Civil de Vilhena para notificar que havia sido furtado por José Renato de Oliveira, e que após o crime o autor teria desaparecido, em abril daquele ano.
Porém, a conduta citada pelo acusador era completamente ao contrário ao habitual de José Renato, que inclusive havia comentado com sua sogra as ameaças que recebia de Alexssandro, quando disse que iria demiti-lo.
Após seu sumiço, Alexssandro contou para a mesma mulher o que o genro dela havia lhe furtado a quantia de R$ 7.400,00 e que, após isso, sumiu para não pagá-lo. Suspeitando do homicídio, a família e funcionários da fazendo fizeram buscas na propriedade, mas o homem desaparecido não foi encontrado.
Após isso, o suspeito passou cerca de três dias a fazenda, foi para Chupinguaia onde passou aproximadamente duas semanas e depois não foi mais encontrado. No ano seguinte, ele retornou e foi assassinado, no dia 27 de fevereiro de 2009.
Em janeiro de 2012, a viúva do homem desaparecido foi à delegacia prestar depoimento no inquérito em que o esposo era acusado de furto, e então descobriu que não havia registro policial do desaparecimento de seu marido. A partir de então iniciaram as investigações.
Em 2014, em um mutirão do Ministério Público na cidade de Chupinguaia, uma pessoa disse que ouviu de um terceiro que o Alexssadro golpeou José Renato com uma foice. Na confissão, o assassino ainda disse que vítima caiu, foi arrastada para um brejo, onde foi pisoteada por ele até afundar. Até hoje o corpo não foi localizado.
As investigações deram conta de que o registro da ocorrência feito inicialmente por Alexssandro por furto contra a vítima foi um álibi criado para disfarçar o sumiço do segundo homem citado, que não o queria trabalhando na fazenda onde era gerente por causa do envolvimento que tinha com drogas.
“O algoz queria alegar que o José Renato era um ladrão e havia sumido. José Renato foi acusado injustamente de uma coisa que ele não cometeu. No inquérito está evidente que ele foi assassinado”, comentou o delegado Núbio Lopes de Oliveira (FOTO), que comandou a apuração do caso.