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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
VILHENA, RONDÔNIA - A Policia Militar Ambiental apreendeu na terça-feira, 12 de dezembro, 19 pássaros silvestres que eram mantidos em cativeiro em uma propriedade rural no Setor de Chácaras, em Vilhena. O proprietário disse à polícia que apenas cuidava dos animais. Além das aves, foram apreendidos três alçapões, espécie de armadilha que eram usadas para a captura dos pássaros.
De acordo com o cabo Michael, uma pessoa foi até a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) e fez a denúncia.
Juntamente com a médica veterinária Fabiane Tietz da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) os policiais foram até o local e constataram o crime.
“Nesse caso ele não podia ter os animais mesmo cuidando bem, porque são animais silvestres e caracteriza crime apenas por estar em gaiola. Um animal que era para estar solto está preso, isso é maus-tratos”, explicou Fabiane.
Os pássaros apreendidos são das espécies Bigodinho, Canário da Terra, Curió, Papa Capim, Cigarrinha, Salsa e Papagaio. Eles passaram por uma avaliação e foram soltos na natureza.
Na chácara, ainda foi encontrada uma espingarda e munições. O dono dos pássaros foi preso e responderá por crime ambiental, além de pagar multa de no mínimo R$ 500 por pássaro.
Segundo o sargento Ronaldo se o animal está na lista de extinção a multa é ainda maior.
“Se for um animal que não está na lista de extinção a multa é de R$500 por animal, se for animal que está na lista, no caso de animais silvestres, a multa é de R$ 5 mil por animal”, disse.
O processo é encaminhado para a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) onde a pessoa tem direito a recorrer, segundo Ronaldo.
Denúncias este ano
Só em 2017, foram realizadas 19 denúncias de maus-tratos a animais em Vilhena. Dessas, 15 foram constatados o crime.
De acordo com o sargento Ronaldo, os animais domésticos vítimas de maus-tratos foram levados e entregues a um fiel depositário até sua recuperação.
A veterinária Fabiane Tietz está cuidando de um bode que foi resgatado em novembro. O animal foi encontrado em uma residência preso por uma corda sem água e comida, ele também era atacado por cachorros que viviam no mesmo quintal.
“Ele estava muito debilitado, não aguentava ficar em pé. Agora ele está melhor, as feridas já estão cicatrizando”, contou.
Como não há nenhum local para deixar esses animais, contam com a ajuda de pessoas que se dispõem a adotá-los.