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    porto velho, quinta-feira 14 de agosto de 2025

Governo convoca a Força Nacional para buscas do serial killer, diz secretário

De acordo com Miranda, as forças de segurança acreditam terem conseguido cercar Lázaro em uma área de cerca de 10 a 15 quilômetros quadrados.


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Publicada em: 17/06/2021 14:05:49 - Atualizado

Com as buscas pelo serial killer Lázaro Barbosa chegando ao nono dia, o secretário de segurança pública de Goiás, Rodney Miranda, afirmou nesta quinta-feira que a Força Nacional vai ajudar na captura do criminoso. Segundo ele, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, ligou ontem oferecendo 20 agentes para reforçar a força-tarefa montada para deter o assassino.

"Nós recebemos duas informações e estamos delimitando a área. As informações estão sendo checadas. Vamos ver se dessa vez a gente tem sucesso em encontrar esse sujeito e tirá-lo daqui", disse o secretário. "São duas pessoas que avistaram ele. Já estivemos no local, as duas informações são muito boas, a nossa inteligência está fazendo outros filtros para ver se realmente confere, mas independente disso nosso time de operações está todo na rua, literalmente caçando esse sujeito."

Cerca de 300 agentes das forças de segurança das policias militar, civil e federal de Goiás e do Distrito Federal continuam no encalço do serial killer Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos. Os policiais contam com três helicópteros, cães farejadores e equipes munidas de equipamentos de visão noturna e térmica, além de drones e profissionais de inteligência. As buscas por Lázaro, que teria assassinado uma família inteira no Distrito Federal na semana passada, estão no seu nono dia. Um perímetro foi estabelecido em Cocalzinho de Goiás, que fica na divisa com o DF, onde as operações se concentram.

"Estamos cada vez mais apertando o perímetro. Não estamos deixando a ansiedade tomar conta da gente. Temos um roteiro e objetivos claros: não deixar ele fazer mais vítimas. Vamos contê-lo em um perímetro determinado, apertar o cerco e proteger os policiais", disse o secretário de segurança de Goiás Rodney Miranda, em coletiva na noite desta quarta-feira.

De acordo com Miranda, as forças de segurança acreditam terem conseguido cercar Lázaro em uma área de cerca de 10 a 15 quilômetros quadrados. As dificuldades quanto as buscas estariam por se tratar de uma região de mata e com relevo acidentado, com muitas grotas. Segundo informações da polícia, na quarta-feira, moradores teriam feito contato visual com o assassino, justamente dentro da área que as forças de segurança imaginavam que ele estaria.

"Cercamos toda a região, com policiais civis, militares e rodoviários federais, fechamos as rodovias de acesso, estamos colocando policiais, alguns à paisana, em chácaras e residências, tendo moradores ou não. Amanhã ao amanhecer vamos adentrar na mata para buscá-lo", disse o secretário de segurança de Goiás Rodney Miranda em coletiva na noite desta terça-feira.

Como a Lázaro passa os seus dias em fuga pelo mato, é nessas áreas que as operações da força-tarefa têm se concentrado. De acordo com as informações divulgadas pelas forças de segurança, o assassino tem o costume levar suas vítimas para beira de rios e córregos. Na terça-feira, ele quase teria matado uma família, feita refém nas proximidades de um riacho:

"Ele leva para a beira do rio, vocês já sabem disso, manda tirar a roupa e alguns ele acaba matando. Acho que esse seria o destino dessa família até porque ele percebeu que a menina pediu socorro", afirmou Miranda.

Também faria parte do modus operandi do criminoso, de acordo com o secretário, sair da mata durante a noite para buscar abrigo e comida em chácaras da região. Foi em momentos como esse que ele teria entrado em conflito com moradores, como o que aconteceu na segunda-feira. A força-tarefa montada pelas secretarias de Segurança Pública de Goiás e do DF tem base no município de Cocalzinho, em Goiás. O grupo conta com equipes da Polícia Militar (PMDF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), além de reforço da cavalaria. São usados cães farejadores, três helicópteros e drones. Agentes fazem buscas em estradas e param carros para revistá-los.


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