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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
A Polícia Federal, através da Delegacia de Ji-Paraná/RO e em conjunto com Polícia Civil e a Polícia Militar, deflagrou nesta data, a Operação HADES, tendo como objeto a desarticulação de uma Organização Criminosa que praticava roubos de veículos na região de Rolim de Moura para a troca por drogas advindas da Bolívia.
A organização criminosa foi descoberta em razão de um trabalho da Delegacia de Polícia Civil em Rolim de Moura juntamente com a Polícia Militar da 4ª CIA PO Fron do 4º Batalhão de Polícia Militar, os quais, após alguns meses de trabalho de Inteligência Policial, encontraram fatos que – face ao caráter transnacional – passaram a ser objeto de competência da Justiça Federal, e consequentemente, da Polícia Federal.
Importante frisar que a organização criminosa empregava mecanismos violentos para o cometimento desses crimes, valendo-se de ameaças às vítimas pelo uso ostensivo de armas de fogo. Ademais, os envolvidos negociavam os veículos no país vizinho em troca de drogas que eram comercializadas na própria região de Rolim de Moura, subsidiando desta forma a continuidade das práticas criminosas.
Nesse ínterim, após a identificação dos suspeitos e a apresentação de fortes indícios de cometimento dos crimes, 23 policiais federais, 22 policiais civis e 12 policiais militares deram cumprimento a 12 mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da Subseção Judiciária da Justiça Federal em Ji-Paraná.
Os envolvidos no esquema serão enquadrados nos crimes de tráfico transnacional de drogas (art. 33, §1º c.c art.40, inciso I da lei n. 11.343/2006), roubo majorado pelo uso de arma (art. 155, 2§, inciso I do código penal) e organização criminosa (art. 2º da lei n. 12.850/2013), com penas que podem passar de 15 anos de reclusão.
Investigações
As investigações deram início após a prisão de uma quadrilha que efetuou um roubo na Linha 200 e na ocasião uma família foi mantida de refém. O crime ocorreu no dia 28 de outubro de 2017
Até o momento quatro suspeitos foram presos durante a operação: Mizael Matozo, Marcelino Apolinário, vulgo "Marcelo Apolinário", Uéverton Esquivel, “Urso” e Claudinei Ramos, "Nei". Um revólver, munições e certa quantia de substância entorpecente foram apreendidos. Um dos Mandados de busca e apreensão foi cumprido em um badalado bar da cidade.
Quatro Mandados de Prisão foram cumpridos dentro da prisão, em desfavor dos acusados que foram presos na ocasião do roubo, sendo eles: André da Silva Nascimento, Jolimar Guimarães de Souza, vulgo “Jô Neguinho”, Ronilson Fernandes Sabino, o “Dentinho” e Eliel Gomes de Oliveira. Todos foram conduzidos à UNISP para serem ouvidos.
A denominação escolhida para a Operação faz alusão ao deus Hades da mitologia grega, que representa o submundo, numa permanente luta entre o bem e o mal.