BRASIL: A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) entrou com um processo por difamação contra o jornalista Luan Araújo, homem perseguido sob a mira da arma da parlamentar na véspera do segundo turno das eleições de 2022. A ação foi movida contra o jornalista por causa da publicação de um texto em que ele afirma sofrer “diversos ônus” desde o dia em que Zambelli apontou a arma em direção a ele.

“Para ela, uma mulher branca com conexões poderosas, foi apenas mais um espaço para fazer o picadeiro clássico de uma extrema-direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”, diz o texto de Araújo contestado pela defesa de Zambelli.

Em caráter liminar, o juiz da ação determinou a retirada do texto do ar, mesmo sem uma decisão do mérito da questão. O R7 tenta contato com Luan Araújo, e o espaço segue aberto para posicionamentos.

Em um comunicado enviado à reportagem, a defesa de Zambelli declarou que, à época em que o episódio com a arma ocorreu, “a deputada foi ofendida, provocada e xingada”. “Essas ofensas e difamações não cessaram, e essa queixa-crime justamente quer cessar esse discurso de ódio contra ela”, justifica o advogado Daniel Leon Bialski.

A ação em que Zambelli aponta a arma para Luan Araújo e o persegue foi filmada. À época, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibia o transporte de armas e munições, em todo o território nacional, nas 24 horas antes e depois da votação. Ela resolveu ignorar a resolução e estava portando a arma.