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porto velho, sábado 30 de novembro de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez o discurso de abertura da 78ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, nos Estados Unidos, nesta terça-feira 19, dizendo que a democracia venceu no País. "Se hoje eu retorno como presidente do Brasil é graças à vitória da democracia no meu País, que superou o ódio e a desinformação. A esperança venceu o medo", afirmou. "Minha missão é de unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre. O Brasil está reencontrando consigo mesmo, com o mundo e o multilateralismo. Não me canso de repetir, o Brasil está de volta", acrescentou, sendo aplaudido no plenário.
Neste ano, o evento está voltando para debater os desafios globais e buscar soluções para os problemas que afetam populações em todo o mundo. Chefes de Estado e representantes dos 193 Estados-membros da ONU estão presentes na assembleia.
Com defesa do combate à desigualdade social e as mudanças climáticas, Lula cobrou os países mais ricos dentro da agenda ambiental. "Agir contra as mudanças no clima implica pensar no amanhã e enfrentar desigualdades históricas. Países ricos cresceram baseados no modelo com alta taxa de emissão de gases danosos ao clima", pontuou, acrescento que se tratam de "responsabilidades comuns, mas diferenciadas".
"Os 10% mais ricos são responsáveis por quase metade de todo o carbono na atmosfera. Nós, países em desenvolvimento, não queremos repetir esse modelo. No Brasil, provamos uma vez e vamos provar de novo que o modelo socialmente justo e ambientalmente responsável é possível".
Lula também citou a retomada do que chamou de "agenda amazônica de fiscalização e combate aos crimes ambientais", completando que o desmatamento foi reduzido em 48%, sendo aplaudido após essa fala.
Como de costume, o presidente brasileiro fez o primeiro discurso da Assembleia-Geral, onde ressaltou políticas do governo, como o Bolsa Família e a lei que estabelece igualdade salarial entre mulheres e homens. Ele também mencionou a importância da defesa de LGBTs e pessoas com deficiência, além de uma tributação mais justa.
"É preciso fazer os ricos pagarem impostos proporcionalmente ao patrimônio", disse. "O Brasil está comprometido em implementar os 17 objetivos da ONU de maneira integrada, e vamos adotar um 18º objetivo voluntariamente: queremos alcançar a igualdade racial".
Veja o vídeo: