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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: O deputado rondoniense Lúcio Mosquini (MDB) protocolou na Câmara Federal um Projeto de Lei que pede a proibição até o ano de 2028 de pesquisas, produção, importação, exportação e comercialização da chamada “carne do futuro”, em todo o território brasileiro até o ano de 2028.
A “carne do futuro” nada mais é que uma proteína que vem sendo desenvolvida em laboratório através da retirada de células do músculo de um animal doador vivo, como aves, ovinos, suínos ou bovinos, após esses processos, as células são modificadas e podem se transformar em qualquer órgão ou tecido.
Os testes de produção dessa carne feita em laboratório se baseiam na ciência médica de células tronco e não se assemelha à um bife ou um pedaço de carne usadas nos churrascos, mas que podem ser utilizadas em carnes processadas como hamburguer, salsicha e nugget.
Essa tecnologia, ainda em processo de pesquisas, é considerada como uma alternativa para quem não se alimenta de carnes de animais abatidos, além de ser uma alternativa científica para o combate à fome no mundo.
Porém, de acordo com o projeto apresentado pelo deputado Mosquini, a proibição dessas pesquisas no Brasil é uma forma de proteger os pecuaristas, mesmo que ainda exista um longo caminho a ser percorrido até que essa “carne do futuro” chegue a ser uma opção no comércio nacional.
“... a tomada de decisão pelo estabelecimento de uma moratória técnica e científica, relativamente à produção de proteína animal em laboratório, não se posta em nenhuma variável pessimista e contra os avanços da ciência, muito pelo contrário. O que se busca com a presente proposição é um arranjo formado por freios e contrapesos que permitam tanto aos cientistas, empresas privadas e entidades envolvidas na nova modalidade produtiva de proteína animal, quanto ao segmento produtivo de proteína animal, convencional, que possam estabelecer regramentos e condicionantes justados para que nenhuma das áreas envolvidas sejam colhidas de surpresas...”, justifica Mosquini.
Protocolado na Mesa Diretora, o projeto deverá passar pelas comissões pertinentes antes de ser levado à votação em plenário.