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    porto velho, sábado 27 de abril de 2024

Deputados pedem prisão preventiva de Bolsonaro a PGR e ao STF por se abrigar em embaixada

Lindbergh Farias entrou com recurso contra o ex-presidente


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Publicada em: 25/03/2024 17:16:12 - Atualizado


Nesta segunda-feira (25), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-DF) dará entrada em um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).

A decisão de Farias foi baseada em informações divulgadas pelo jornal The New York Times, que revelou que Bolsonaro permaneceu na embaixada da Hungria por dois dias após a operação da Polícia Federal que apreendeu seu passaporte em 8 de fevereiro.

“A estadia na Embaixada sugere que o ex-presidente estava tentando alavancar a sua amizade com um colega líder de extrema direita, o primeiro ministro Viktor Orban, numa tentativa de escapar ao sistema de justiça brasileiro, enquanto enfrenta investigações criminais no Brasil”, afirma o deputado na representação criminal.

Já as deputadas Sâmia Bomfim e Fernanda Melchionna, ambas do PSOL, enviaram ofício a Alexandre de Moraes e ao delegado da PF Fábio Alvarez. As parlamentares apontam “parece clara a tentativa de fuga empreendida pelo ex-chefe do Poder Executivo”. A conduta, segundo elas, se enquadra nos requisitos para decretação de prisão preventiva dispostos no art. 312 do Código de Processo Penal.

A investigação conduzida pela PF busca determinar se Bolsonaro organizou uma tentativa de fuga para a Hungria. Há suspeitas de que o ex-presidente planejou se exilar no país europeu, aproveitando sua relação próxima com o presidente húngaro, Viktor Orbán, líder de extrema-direita.

A embaixada da Hungria, situada fora do alcance da segurança nacional brasileira, poderia oferecer um local seguro para Bolsonaro em caso de uma possível prisão determinada pela justiça brasileira.

A defesa de Bolsonaro confirmou sua permanência de dois dias na embaixada, alegando que ele estava lá para "manter contatos com autoridades do país amigo, inclusive o primeiro-ministro".





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