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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
Pouco mais de três anos separam dois momentos muito semelhantes na Câmara dos Deputados. Em fevereiro de 2021, os deputados federais brasileiros decidiam manter a prisão do então colega Daniel Silveira.
Na quarta-feira (10), a decisão debatida era manter a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, agora sem partido. As duas votações tiveram o mesmo resultado: manter o acusado preso.
Mas há outro elemento em comum nos dois casos: a decisão da prisão veio da mesma pessoa, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. E foram justamente a ele os recados de protesto endereçados pelos deputados que votaram para derrubar a prisão dos dois deputados.
Silveira foi preso depois de gravar e divulgar um vídeo com críticas aos ministros do Supremo, sugerindo a substituição dos magistrados e inclusive defendendo o Ato Institucional n.º 5 (AI-5), que restringiu liberdades durante a ditadura militar.
Brazão foi preso depois de ser apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos mandantes do assassinato da então vereadora Marielle Franco, do PSOL, em 2018.