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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
RONDÔNIA: A situação política do governador Daniel Pereira (PSB) que está em cima do muro desde quando assumiu o governo, dizendo ao público que não é candidato, mas mandando seus assessores mais próximos articular sua candidatura nos bastidores, cooptando, inclusive, líderes políticos na capital e nos principais municípios do Estado, pode comprometer a eleição de possíveis aliados, abrindo a porteira para que a oposição retorne ao comando do estado a partir de 2019.
Afirmando apoiar a
candidatura de Acir Gurgacz (PDT) ao governo, mas não movendo sequer
uma palha para garantir ao senador maior visibilidade junto as ações
do governo, e se escondendo atrás de um compromisso político
pessoal que deixa o seu partido à deriva, Daniel joga contra o
próprio patrimônio, dando espaço para que a oposição cresça na
busca pelo Palácio Rio Madeira, avaliam analistas políticos.
Pressionado pela
executiva nacional do PSB para que lance a sua candidatura à
reeleição ou abra espaço para que o partido possa trabalhar um
nome que tenha condições de chegar, Daniel conseguiu empurrar com a
barriga essa definição e agora, nem que queira, conseguirá ajudar
a alavancar o nome de Acir e muito mesmo de um outro correligionário
que tenha interesse na disputa, como Jesualdo Pires (PSB) por
exemplo, que era segundo nome do partido, mas está sucumbindo
pela falta de vontade política do chefe do executivo, que não sabe se vai ou se fica.
Com a determinação
da legislação eleitoral que proíbe qualquer ação política
envolvendo órgãos públicos a partir de agora, como inaugurações,
assinaturas de contratos ou convênios ou pagamento de qualquer
despesa que não esteja previamente prevista no orçamento, o governo
do estado morre politicamente e quem esperava pelo apoio de Daniel, poderá sucumbir junto, se não tiver pavimentado o seu próprio caminho
sem esperar pelo chefe do executivo.
No entanto, na última sexta feira, 06, o chefe da Casa Civil Eurípedes Miranda, principal articulador da possível candidatura de Daniel Pereira, contatou assessores do senador Ivo Cassol, a fim de marcar uma audiência. A ideia de Miranda é que Cassol não apoie Expedito Júnior e transfira seu prestígio com os eleitores a Daniel, visando a uma campanha vitoriosa, caso ele decida mesmo se vai abraçar de vez pretensão de disputar o governo ou manter e abraçar com "unhas e dentes" seu "compromisso público" com o senador do PDT, cujo prazo de validade está expirando.