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porto velho, quarta-feira 12 de março de 2025
BRASIL: Sob forte escrutínio e pressão para dar uma guinada tanto nas relações internas, do próprio PT, como nas negociações com a base governista, a nova ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o candidato a presidente do PT, Edinho Silva, iniciaram uma espécie de operação de paz para tentar aplacar ansiedades.
A ministra almoça nesta terça-feira (11) com os partidos de centro-esquerda e esquerda que compõem a base no Congresso, mas já prepara conversas com o centrão. Segundo aliados, ela aposta muito na comunicação com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, para resolver os nós com o centrão.
Motta é do Republicanos, e Alcolumbre do União Brasil. Ambos compareceram à posse da ministra. Para integrantes do PT, ainda que esvaziada de líderes do centrão, a imagem da posse com os presidentes do Congresso "sinalizaria uma intenção de costurar por cima mesmo a permanência do centrão na base".
No mesmo sentido, de distensionamento, o candidato de Lula à presidência do PT fará um périplo, nesta terça, por setores ainda reticentes à sua candidatura. Edinho Silva encontra com o presidente interino do partido, o senador Humberto Costa (PT-PE) e com integrantes da corrente majoritária do PT, a CNB.
Em outra frente, o ex-ministro José Dirceu entrou em campo. Ele que é da CNB, tem afirmado que, apesar de maioria pró-Edinho, é preciso apaziguar a legenda.
Para aliados, o PT e Gleisi parecem querer sinalizar que vai haver uma virada de página. A intenção estaria expressa no discurso da nova ministra, com menções elogiosas e colaborativas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem travou muitos embates internos.