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    porto velho, terça-feira 1 de abril de 2025

Para 49,9%, não há perseguição a Bolsonaro; 48,6% discordam, diz pesquisa

AtlasIntel ouviu 1.613 pessoas entre os dias 25 e 27 de março; margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos...


CNN

Publicada em: 30/03/2025 12:35:48 - Atualizado

BRASIL:  Pesquisa AtlasIntel feita com exclusividade para o programa GPS CNN deste sábado (29) aponta uma divisão no eleitorado sobre temas referentes ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos levantamentos tratou da tese de perseguição política que Bolsonaro adotou após o julgamento: 49,9% acham que não há perseguição contra o ex-presidente; 48,6% dizem que há e 1,5% não soube responder.

A divisão ocorre também na avaliação do impacto do julgamento na política brasileira: 49,9% consideram negativo; 49,4%, positivo; 0,5% disse que não terá impacto e 0,3% respondeu não saber.

Imparcialidade e parcialidade do STF

Quando questionados se avaliam que o julgamento de Bolsonaro pelo STF será imparcial, 50% acham que será completamente imparcial; 41,5% acham que não, que os ministros são completamente enviesados. Já 4,4% dizem que os magistrados são menos imparciais do que deveriam e 4,1% não souberam responder.

A Atlas também questionou sobre as penas dos réus do 8 de janeiro. Para 51,7%, elas estão sendo excessivas, 31,8% discordam e acham que as penas estão sendo adequadas, 16,4% acham que as penas deveriam ter sido mais duras e apenas 0,1% não soube responder.

O economista-chefe da AtlasIntel avalia que a polarização apontada pela pesquisa demanda uma comunicação efetiva do julgamento.

“O caso das penas de pessoas condenadas pelo 08 de janeiro, especialmente a de Débora Rodrigues — que pichou a estátua da Justiça —, é muito simbólico. Uma maioria de quase 52% acreditam que as penas aplicadas têm sido exageradas”, afirma Camilo Rabelo.

“A fundamentação jurídica é complexa e pode ser difícil para uma parte considerável da população entender, mesmo entre os altamente escolarizados. Portanto, uma comunicação mais didática das decisões e do embasamento poderia ser benéfico nesta aproximação com a população”, afirma Rabelo.

Para ele, “naturalmente a Justiça não poderá se pautar pela opinião pública, mas o caso é um marco para a democracia brasileira e terá impactos na imagem e na confiança dos brasileiros nas instituições democráticas”.

Para essa pesquisa, a AtlasIntel ouviu 1.613 pessoas entre os dias 25 e 27 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.



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