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porto velho, segunda-feira 21 de abril de 2025
PORTO VELHO-RO: A iminente saída do deputado federal José Eurípedes Lebrão, determinada pelo Supremo Tribunal Federal, acendeu uma disputa nos bastidores da política rondoniense. Embora o parlamentar ainda esteja no exercício do mandato, a decisão judicial já decretou a perda da função, restando apenas os trâmites formais para a vacância da vaga.
Com o cenário se desenhando, três nomes surgem como possíveis substitutos, mas todos enfrentam obstáculos ou dilemas políticos.
O primeiro na linha sucessória é Rafael Fera, ex-vereador de Ariquemes. Apesar de ser o primeiro suplente e ter conquistado o dobro de votos de Lebrão na eleição, Fera está com os direitos políticos suspensos em razão de uma cassação anterior, o que pode inviabilizar sua posse.
Caso Fera seja impedido, o segundo suplente é Flori Cordeiro, atual prefeito de Vilhena, reeleito em 2024. Ele obteve mais de 15 mil votos na eleição federal, mas teria que renunciar ao comando do Executivo municipal — ainda com mais de três anos de mandato pela frente — para assumir uma cadeira em Brasília por um período limitado. A possibilidade levanta dúvidas sobre o custo-benefício político da troca.
Na terceira posição está a vereadora Elis Regina, de Porto Velho, que teve votação expressiva nas eleições federais, superando inclusive a de Lebrão. Caso Fera e Flori fiquem de fora da disputa, Elis pode se tornar a nova representante de Rondônia na Câmara dos Deputados.
Enquanto isso, a indefinição sobre quem, de fato, herdará o mandato mantém a cadeira de Lebrão envolta em incertezas. A decisão final dependerá não apenas da Justiça, mas também das escolhas pessoais e políticas dos nomes envolvidos.