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porto velho, terça-feira 29 de abril de 2025
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi(PDT-RJ), está sob forte pressão para pedir demissão após a Operação Sem Desconto, que revelou um esquema bilionário de fraudes no INSS( Instituto Nacional do Seguro Social). No entanto, até o momento, ele tem demonstrado resistência em deixar o cargo.
O governo federal, que enfrenta a gravidade das acusações, discute alternativas para evitar uma crise interna, principalmente com o PDT, partido presidido por Lupi e que historicamente mantém uma aliança com o PT.
O escândalo envolvendo o INSS, conhecido como "golpe do INSS", expôs um esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. Entre 2019 e 2024, estima-se que o prejuízo gerado pelo esquema tenha alcançado R$ 6,3 bilhões.
O golpe envolvia cobranças de taxas associativas não autorizadas para serviços como assessoria jurídica e convênios com academias e planos de saúde.
As investigações indicam que cerca de 6 milhões de beneficiários foram afetados. 97% dos beneficiários entrevistados pela força-tarefa disseram não ter autorizado os descontos.
O papel de Lupi no caso é central, uma vez que ele foi responsável pela nomeação de Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, em julho de 2023. O ex-diretor, que foi afastado e depois demitido do cargo após a operação policial, é um dos seis servidores públicos investigados.