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porto velho, quinta-feira 15 de maio de 2025
PORTO VELHO-RO: Com o governo Lula enfrentando forte desgaste diante de denúncias envolvendo a Previdência e da ausência de avanços concretos na área social, o Partido dos Trabalhadores em Rondônia vive um dos seus momentos mais frágeis. A pouco mais de um ano das eleições municipais, a legenda permanece apática, sem articulações visíveis nos bastidores e com escassez de nomes competitivos para o pleito de 2026.
A esperança de sustentação do lulismo no estado parece ter migrado para o MDB de Confúcio Moura, cuja atuação parlamentar tem sido mais alinhada ao Planalto do que a própria bancada petista. Confúcio, apesar de sua identidade emedebista, morre abraçado com Lula e tornou-se um dos principais defensores do governo federal em Rondônia, ocupando um vácuo deixado pelo silêncio das lideranças do PT local.
Os chamados grandes caciques do partido, figuras que outrora exerciam protagonismo nas disputas eleitorais e articulações de base, hoje fogem das discussões internas para evitar ainda mais desgaste. A desmobilização é perceptível: lideranças se omitem, a militância encolhe e a legenda parece caminhar sem rumo definido.
O cenário, até o momento, é de retração e incerteza — e a ausência de movimentações concretas pode significar uma participação meramente simbólica do PT nas urnas em 2026, caso nada mude.