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    porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024

Indicação de Garcia para vice de Maurão não passa de provocação a Raupp, avaliam analistas


Publicada em: 08/08/2018 20:48:41 - Atualizado

PORTO VELHO-RO - A queda de braço entre o senador Valdir Raupp e o ex-governador Confúcio Moura, ambos do MDB, está longe de acabar, pelo menos nos intramuros da legenda emedebista.

O primeiro "round" foi quando Confúcio soltou um áudio chamando Raupp de "bandido e descarado. O segundo durante a convenção partidária realizada no final do mês de julho, quando Moura esperneou, prometeu soltar dinamite para atingir o barbudo senador e acabou o ganhando no grito e na porrada o direito de disputar vaga ao senado.

Tal façanha, no entanto, ainda que tenha custado um tapa no "pé do ouvido" do ex-chefe da Casa Civil, Emerson Castro, desferido pelo presidente da sigla Tomás Correia, deu a Moura a possibilidade de levantar o braço e contar vitória.

Mas o terceiro "round" entre os dois adversários, ocorreu na manhã desta quarta feira, 08, quando Moura fez descer goela abaixo nas bocas de Raupp e Tomás, a imposição de indicar o ex-secretário de finanças Wagner Garcia, como vice na chapa de Maurão de Carvalho que disputa o cargo de governador pela legenda emedebista.

Wagner, técnico de carreira, alardeava aos quatro ventos que Rondônia vivia a primavera de seus dias na área de finanças pública, mas acabou sendo desmentido pelo Tribunal de Contas do Estado. Técnicos do TCE, sem a menor cerimônia, derrubaram a empáfia de Garcia e afirmaram com todas as letras que o Estado está em frangalhos e que suas contas estão complemente no vermelho. Por seu turno, até agora, Garcia apenas silenciou como quem admite o fato de ser um simples"maquiador" da contabilidade governamental.

Por outro lado, a indicação de Wagner, como vice de Maurão, foi uma espécie de "pisão no pé" e um provocar para a briga o barbudo senador emedebista, que apenas coçou a barba e prometera desforra.

Enquanto o novo embate não é marcado, para analistas políticos, esta a terceira derrota de Raupp em favor de Moura que cresceu politicamente depois da convenção que ungiu seu nome para concorrer à senatoria da república e tem fama de ganhar o jogo aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo.

Se Confúcio ganhar novamente, Hermínio Coelho, segundo assessores, está de olho numa revanche, para purgar a queda de Raupp.




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