PORTO VELHO (RO) - Apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo desta segunda-feira (7) recebeu o comandante da Polícia Militar, Regis Braguin, que esclareceu os pontos relacionados à recente operação da PM/RO que terminou em sete mortos e um ferido no Centro de Porto Velho (RO).

De acordo com Regis Braguin, a PM/RO vem realizando ações que estão entrando na história do trabalho da PM/RO. 

“Nós temos uma batalha diária, mas a PM/RO vem de algumas ocorrências que entraram na história de Rondônia, como as 16 toneladas de drogas apreendidas na semana passada e a eliminação de sete criminosos do PCC que entraram em confronto com a sociedade. Estamos combatendo para defender o nosso cidadão”, falou Regis Braguin.

Ele falou sobre a operação, que, de acordo com Braguin, começou através de um forte trabalho da inteligência policial. 

“Essa é uma operação que teve seu início com a atividade de inteligência para encontrar o vulgo 'matador' do PCC e outro que tinha a alcunha de CR7. Nesse trabalho, resultou que eles estavam reunidos com outros criminosos para comemorar a morte do antigo líder e para eles cometerem ataques contra uma facção rival. Diante dessas informações, o BPTAR foi realizar a prisão dos criminosos, que reagiram contra os policiais, e o resultado foi esse: oito neutralizados, sendo que sete vieram a óbito”, relatou Regis Braguin.

O comandante da PM/RO ainda ressaltou a qualidade dos policiais, que, mesmo trocando tiros com bandidos de alta periculosidade, saíram do confronto sem qualquer lesão. 

“Aquele dia, Deus colocou a mão e não deixou que qualquer policial fosse ferido. Esses criminosos eliminados têm um cemitério de pessoas mortas nas costas, isso mostra o alto risco de perigo que o policial sofreu naquele dia. Pela complexidade da ocorrência, pelo nível de risco, nem precisava que eles atirassem, pois, levando em consideração o armamento que eles estavam, já dava o direito do PM revidar”, declarou Regis Braguin.

Ainda segundo Braguin, o nível da força utilizada pela PM/RO em uma ação desse porte já vem pré-determinada pelas informações repassadas pelo núcleo de inteligência. 

“O escalonamento de força começa pela inteligência, que traz informação de qualidade para o planejamento operacional. Esses criminosos já tinham histórico de trocar tiros com a polícia, e o atual comando da PM vem tomando uma estratégia de uso de força proporcional, tudo muito bem registrado e muito bem protocolado”, disse Regis Braguin.

A investigação do MP/RO sobre a operação também foi abordada pelo comandante, que fez questão de destacar que esse procedimento apenas se deu por conta de determinações da Justiça, que, no seu olhar, apenas fortalecem o crime organizado. 

“O Procurador Geral de Justiça afirmou que eles estão apenas cumprindo determinações, seguindo o ordenamento jurídico. São medidas redundantes da ADPF 635, que só piorou a segurança pública do estado do Rio de Janeiro e engrandeceu o crime organizado. De outra parte, a PM/RO planejou, entregou, socorreu os criminosos para respeitar os direitos humanos, preservou o local do crime, acionou a perícia e a ocorrência foi apresentada, todos os protocolos devidamente realizados”, comentou Regis Braguin.

Ele ainda revelou que um jornalista foi ameaçado por membros de uma facção criminosa, e a polícia já está ciente dos fatos e tomando as devidas providências. 

“Nós estamos monitorando um determinado apresentador de programa, um jornalista, que foi ameaçado com uma munição e um bilhete dizendo que ele vai morrer. Então, temos uma ameaça de morte declarada pelo PCC, decorrente por conta de sua atuação como profissional de imprensa. Eu trago a público que o Comando da PM/RO já está ciente disso e estamos colocando nossas forças de segurança atrás desses bandidos”, revelou Regis Braguin.

Por fim, ele deixou uma resposta às pessoas que decidem criticar o trabalho da PM/RO.

Confira A Voz do Povo: