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    porto velho, terça-feira 29 de julho de 2025

Marcos Rogério discursa contra o STF após ajudar a enterrar CPI da Lava Toga

O senador votou contra a CPI que apuraria abusos do STF no Senado


Redação

Publicada em: 29/07/2025 08:44:02 - Atualizado


PORTO VELHO (RO) - Atualmente contestados por supostas práticas de abuso de poder por uma parcela significativa da população brasileira e maioria absoluta dos cidadãos rondonienses, os ministros do Supremo Tribunal Federal - STF, poderiam ter tido os seus atos investigados no ano de 2019, quando o Senado apresentou a “CPI da Lava Toga”.

Essa CPI, que tinha o STF na mira, conseguiu 27 votos para ser instaurada, seguiu para a Comissão de Constituição de Justiça - CCJ, e por lá, acabou sendo enterrada pela maioria do membros da comissão, entre eles, o senador rondoniense Marcos Rogério (PL).

O senador de Rondônia foi um dos 19 membros da CCJ favoráveis ao arquivamento da CPI da Lava Toga, contra apenas sete contrários. Na época, ele chegou a afirmar que o seu voto seguia o anseio da população brasileira, o que de fato não correspondia com a realidade.

Ele também destacou que tinha a obrigação constitucional de defender que os juízes não sejam julgados pelo parlamento por conta de seus atos dentro da judicatura, apenas em casos de corrupção.

“Defender o princípio do juiz natural é defender o direito de todas as pessoas não serem processadas ou julgadas por quem não tenha competência de fazê-lo: os juízes não podem ser julgados pelo Parlamento quanto ao conteúdo de suas decisões no exercício da judicatura, exceto quando trasbordarem desse ofício com fatos determinados de corrupção...”, declarou Marcos Rogério após seu voto que enterrou a CPI da Lava Toga.

Porém, após uma série de medidas que aumentaram o poder do STF e com a nação prestes a entrar em colapso, o senador rondoniense parece ter “mudado de ideia”, e vem dando voz ao impeachment do Alexandre de Moraes, mesmo ciente de que foi ele um dos personagens que entraram para a história matando a única oportunidade por via democrática que o país teve de encarar o STF com paridade de armas e poder.

Boquirroto, Rogério sabe que neste momento a possibilidade da retirada de um ministro do STF pelo Congresso Nacional é uma realidade improvável, mas segue seu jogo de duas caras, votando uma coisa e falando outra, enquanto segue de olho na sua obsessão maior: o governo de Rondônia.


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