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porto velho, sexta-feira 8 de agosto de 2025
PORTO VELHO (RO) - Anunciada em 2023 pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, como medida essencial para reforçar a segurança nos presídios federais e evitar fugas como a registrada em Mossoró (RN), a muralha de proteção do Presídio Federal de Porto Velho segue com as obras paralisadas.
Com investimento previsto de R$ 48 milhões e prazo de conclusão de 18 meses, a estrutura deveria ter sido finalizada até maio de 2025. No entanto, a empresa vencedora da licitação abandonou a construção, deixando o canteiro de obras inacabado — situação que gera preocupação e indignação entre os policiais penais, que denunciam o aumento da vulnerabilidade do complexo.
Obra parou antes de 50% da execução
Iniciada ainda em 2023, a muralha foi projetada para cercar todo o presídio federal, com torres de vigilância e postos de controle. O objetivo era impedir fugas e invasões externas, reforçando o sistema de segurança do local que abriga presos de alta periculosidade.
Até o momento, menos da metade da estrutura foi concluída, e não há cronograma definido para retomada da obra. A continuidade dos trabalhos dependerá de nova determinação do Ministério da Justiça, que ainda não se manifestou oficialmente sobre a rescisão contratual com a empresa responsável.
Lula deverá ser cobrado
Com visita confirmada a Porto Velho nesta sexta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ser questionado publicamente sobre o atraso e abandono da obra, considerada estratégica para a segurança nacional.
A cobrança virá especialmente de representantes sindicais e servidores da segurança pública, que esperam um posicionamento claro sobre a retomada e conclusão da muralha — vista como fundamental para a integridade do sistema prisional federal em Rondônia.