PORTO VELHO — RO - A disputa pelo Governo de Rondônia em 2026 já mobiliza as engrenagens dos principais partidos políticos do estado. Nos bastidores, o clima é de forte articulação, sinalizando que a próxima corrida eleitoral será marcada por embates de alto nível, reunindo velhos conhecidos do eleitorado e novas apostas das siglas em busca de protagonismo.

Nesta quinta-feira (07), o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), lança oficialmente sua pré-candidatura ao governo estadual em um evento com peso simbólico e estratégico. Com presença confirmada de Marconi Perillo, cacique nacional do PSDB. O ato vai consolidar o nome de Hildon como a aposta tucana para retomar o comando do Palácio Rio Madeira. A movimentação reforça a disposição do partido de voltar a ocupar espaço de protagonismo após um período de retração em nível regional.

Enquanto isso, o senador Confúcio Moura (MDB), veterano da política rondoniense e ex-governador por dois mandatos, não esconde a intenção de retornar ao Executivo. Com a chamada “Caravana da Esperança”, Moura vem percorrendo o interior do estado em reuniões estratégicas, testando sua força política e reconstruindo pontes com lideranças municipais. A movimentação do emedebista traz o presidente Lula a Porto Velho nessa sexta-feira, 08, e deixa clara sua disposição em disputar o cargo e retomar o controle da máquina estadual.

Outro nome que ronda o cenário é o do ex-governador Ivo Cassol (PP). Embora ainda enfrente restrições legais impostas pela Justiça Eleitoral, Cassol mantém firme o discurso de que será candidato. Com forte apelo popular em diversas regiões do estado, especialmente no interior, o ex-governador aposta numa possível reviravolta jurídica que lhe permita entrar de vez na corrida. Nos bastidores, aliados já articulam estratégias caso o impasse judicial seja superado.

Do lado do PSD, o atual prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, também desponta como um possível nome para o governo. Jovem, popular e bem avaliado em seu município, Fúria ainda aguarda uma definição mais clara do quadro político para tomar uma decisão. A depender das composições partidárias e das alianças, seu nome pode se fortalecer como alternativa à polarização entre velhos caciques.

Os movimentos evidenciam que o xadrez eleitoral rondoniense está longe de ser definido. A disputa pelo Governo de Rondônia em 2026 promete ser acirrada, com embates entre experiência e renovação, pragmatismo e carisma, tradição e novas lideranças.

A pouco mais de um ano do pleito, o que se vê é um tabuleiro em plena movimentação, onde cada passo é milimetricamente calculado e cada aliança pode ser determinante para o desfecho da disputa.