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    porto velho, sábado 9 de agosto de 2025

Conservadores travam batalha sangrenta pelas duas cadeiras no Senado em Rondônia

A corrida pelas duas vagas ao Senado em 2026 já virou palco de uma verdadeira guerra civil dentro do campo conservador rondoniense...


Redação

Publicada em: 09/08/2025 11:19:36 - Atualizado

Foto: edição Rondonoticias

RONDÔNIA - A corrida pelas duas vagas ao Senado em 2026 já virou palco de uma verdadeira guerra civil dentro do campo conservador rondoniense. O grupo político alinhado a Jair Bolsonaro, que deveria marchar unido, está dividido em múltiplas frentes, cada qual empunhando sua própria bandeira.

Entre os nomes que já se movimentam estão Bruno Scheidt (PL, Ji-Paraná), favorito pessoal de Bolsonaro; Fernando Máximo (Podemos, Porto Velho), que também surge como possível candidato ao governo; Silvia Cristina (PP, Ji-Paraná); o deputado estadual Delegado Camargo (Grande Ariquemes); e o governador Marcos Rocha (União Brasil, Porto Velho). Todos proclamam fidelidade absoluta ao ex-presidente, mas nenhum dá sinais de recuar.

O jogo pode ganhar contornos ainda mais complexos se Ivo Cassol (PP) conseguir driblar a Justiça Eleitoral e confirmar candidatura ao governo. Nesse cenário, aumentariam as chances de Marcos Rogério, hoje pré-candidato ao Executivo com o apoio de Bolsonaro, desistir da disputa estadual e buscar a reeleição ao Senado — adicionando mais um concorrente à lista já congestionada.

Essa possível toalha a ser jogada foi admitida pelo próprio Rogério em entrevista ao Revista Oeste, na última quinta-feira, 07 nos estúdios da emissora em São Paulo. "Estou em primeiro lugar nas pesquisas, mas se o presidente pedir, vou à reeleição", enfatizou.

O excesso de postulantes, somado à força regional de cada um, ameaça diluir votos e abrir espaço para veteranos que conhecem bem o terreno. Ex-senadores como Valdir Raupp (MDB) e Expedito Júnior (PSD) analisam o cenário com atenção, confiantes no peso de seus redutos eleitorais e na possibilidade de conquistar a vitória sem precisar de votações estrondosas.

No fim, a briga promete ser menos sobre ideologia e mais sobre sobrevivência política — e, para muitos, a selva eleitoral de 2026 poderá transformar aliados de ontem em adversários implacáveis.


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