RONDÔNIA - Rogério disse aos debatedores que é líder das pesquisas na corrida ao CPA, mas que pode recuar e buscar a reeleição ao Senado, atendendo a um pedido direto de Jair Bolsonaro. A mudança de rota teria como objetivo reforçar o bloco bolsonarista no Congresso, garantindo cadeiras estratégicas para a direita.

O convite foi feito em Brasília, durante um encontro reservado no qual Bolsonaro, em gesto simbólico, assinou a camisa de Rogério com o número 222, usado pelo PL para candidatos ao Senado. A conversa girou em torno da necessidade de manter posições-chave em Brasília, tema que agora desperta interesse do Ministério Público Eleitoral.

A decisão, porém, não é apenas pessoal. Marcos Rogério avalia que a eleição estadual será marcada por forte fragmentação no campo conservador e que a nacionalização da disputa — com Bolsonaro como principal cabo eleitoral, mesmo inelegível — exigirá arranjos capazes de evitar dispersão de votos.

Na entrevista, Rogério também sinalizou alinhamento total à pauta bolsonarista: defendeu impeachment de ministros do STF, o fim do foro privilegiado e anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. 

O posicionamento reforça sua estratégia de se manter como um dos nomes mais identificados com a direita no estado, seja disputando o governo ou permanecendo em Brasília.