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porto velho, quarta-feira 13 de agosto de 2025
PORTO VELHO- RO – O deputado federal Rafael Fera (Podemos-RO), que assumiu recentemente a vaga deixada por Lebrão (União Brasil-RO), cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, estreou no plenário da Câmara Federal com um discurso que rapidamente gerou polêmica entre os colegas e acabou virando piada.
Em sua primeira fala, Fera afirmou que abriria mão dos benefícios de saúde oferecidos aos parlamentares. “Não irei usar do direito que o deputado federal tem de ressarcir até R$ 130 mil em gastos com saúde. Político tem que usar a saúde pública para sentir na pele o que o povo brasileiro sente”, declarou.
O tom moralizador, no entanto, encontrou resistência imediata. O primeiro a se manifestar foi o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que corrigiu publicamente a informação. Segundo ele, a Câmara não oferece plano de saúde aos parlamentares, mas sim um sistema de reembolso de despesas médicas — o que tornaria a fala de Fera equivocada.
A situação expôs um tropeço na estreia do novo deputado, que buscava imprimir uma marca de proximidade com a população e de crítica aos privilégios da classe política, mas acabou sendo confrontado com dados que enfraqueceram sua narrativa.
Nos bastidores, a fala gerou comentários irônicos entre parlamentares experientes, que viram no episódio um exemplo de como a falta de conhecimento sobre o funcionamento interno da Casa pode minar o discurso de um novato.
Para aliados, porém, Fera teria tentado transmitir uma mensagem simbólica de alinhamento com as demandas populares, ainda que a execução tenha sido infeliz.
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