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porto velho, sábado 23 de agosto de 2025
PORTO VELHO - RO - Apesar da formalização da Federação nacional entre União Brasil e Progressistas (PP), em Rondônia o cenário continua indefinido. Até agora, não há qualquer nome oficializado para conduzir os rumos da nova aliança no Estado, e os bastidores políticos seguem cheios de especulações e incertezas.
Enquanto isso, a situação interna dos dois partidos em Rondônia mostra-se complexa. No União Brasil, o governador Marcos Rocha, principal nome da legenda, ainda convive com a presença do desafeto político Júnior Gonçalves, que mantém influência sobre a sigla. No PP, o impasse é ainda maior: a deputada federal Sílvia Cristina, que preside a legenda no Estado, já dá sinais claros de afastamento da agremiação.
Sem consenso, os partidos caminham em terreno movediço. Caso o ex-governador Ivo Cassol consiga reverter suas pendências jurídicas e se colocar como candidato em 2026, poderá se transformar em peça central dentro da Federação, alterando totalmente as negociações e as correlações de força.
A experiência de outras Federações demonstra que conciliar interesses tão distintos não é tarefa simples. Projetos regionais antagônicos já levaram ao fracasso a tentativa de união entre Podemos e PSDB, que anunciaram a junção, mas romperam antes mesmo da prática. O risco de algo semelhante se repetir em Rondônia é real, diante de tantas divergências internas.
Por enquanto, a única certeza é a ausência de comando definido. E, enquanto os nomes não surgem, o tabuleiro político rondoniense segue em ebulição, com grupos se movimentando e testando força nos bastidores, à espera de quem, de fato, vai dar as cartas na Federação PP/União Brasil.