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porto velho, quarta-feira 27 de agosto de 2025
PORTO VELHO-RO: Com os ventos contrários que sopram em Brasília e o Supremo Tribunal Federal avançando de forma implacável sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, cresce no cenário político de Rondônia a sensação de que o sonho do afilhado político do ex-capitão, Bruno Schedd, não passará de um voo curto, cego e sem pouso.
Pré-candidato ao Senado, Schedd nunca conseguiu se firmar no imaginário rondoniense. Desconhecido da vida social, cultural e política do Estado, sua única muleta era a sombra de Bolsonaro, a quem sempre buscou se agarrar como tábua de salvação. Contudo, se o processo contra o ex-presidente culminar em prisão, como já se especula nos bastidores, restará a Schedd apenas o caminho da desistência, jogando a toalha antes mesmo de a disputa começar.
Rondônia não é terreno fértil para aventureiros políticos de ocasião. O eleitor, que já demonstrou maturidade em momentos decisivos, dificilmente aceitará um candidato sem raízes, sem identidade e sem história construída no Estado. Schedd apostou todas as fichas em uma única carta: a imagem de Bolsonaro. Se essa carta cair da mesa, seu castelo de areia desmorona de imediato.
O fato é que o cenário atual não perdoa fragilidade política. Sem carisma, sem base e sem vida pública efetiva em Rondônia, Bruno Schedd se revela um projeto natimorto de candidatura, que não resistirá ao desmoronamento da figura de seu padrinho político.
A pré-campanha do desconhecido Schedd já nasceu manca e, agora, diante da iminência de um terremoto jurídico contra Bolsonaro, tende a ser sepultada antes de chegar às urnas.