PORTO VELHO - RO - O cenário político de Rondônia ganhou novos contornos após a decisão do Senado Federal que altera a contagem do prazo de inelegibilidade previsto na Lei da Ficha Limpa. Em post nas redes sociais, o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol, um dos nomes mais emblemáticos da política estadual, não escondeu o entusiasmo com a medida, que, segundo ele, “resgata a justiça” em situações como a sua.

Com a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 192/2023, Cassol avalia que se abre uma nova página em sua trajetória. “A mudança traz objetividade e segurança jurídica. Mais do que isso, garante tratamento justo para casos em que não houve corrupção ou desvio de dinheiro público, como o meu”, declarou.

O ex-governador fez questão de relembrar o processo que o retirou das disputas eleitorais. Ele destacou que sua condenação não envolveu superfaturamento ou esquema de corrupção, mas questões administrativas enquanto esteve à frente da prefeitura de Rolim de Moura. “Até ministros como Cármen Lúcia e Teori Zavascki reconheceram, à época, que não houve dolo, mas falhas de gestão. Isso precisa ser diferenciado”, enfatizou.

Com a nova interpretação da lei, Cassol surge novamente como peça central no tabuleiro político rondoniense. A possibilidade de disputar o governo do estado reacende debates internos e externos sobre sua força eleitoral, ainda robusta em muitas regiões.

A proposta aprovada no Senado segue agora para sanção presidencial, etapa que pode consolidar o retorno de Cassol ao páreo. Enquanto isso, aliados já tratam a decisão como uma virada significativa na corrida eleitoral de 2026.