Fundado em 11/10/2001
porto velho, segunda-feira 8 de setembro de 2025
PORTO VELHO (RO) - Apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo desta segunda-feira (8) recebeu o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL), que falou sobre as ações do seu mandato na bancada de Rondônia no Congresso Nacional.
Chrisóstomo desabafou que sente estar passando por momentos complicados no país, inclusive com ações que, segundo ele, jamais havia visto na história do Brasil.
“Tenho passado por momentos que não são fáceis, mas tenho o dever com o povo brasileiro. O meu foco é anistia para todos os que estão presos por conta do 8 de Janeiro. Como deputado, não posso admitir pessoas enjauladas sem dever nada para a Justiça, um deles é o Bolsonaro”, comentou o deputado.
Ele citou como exemplo de sua indignação a condenação de uma mulher que pichou a estátua do STF com um batom e foi sentenciada a 14 anos de prisão.
“Uma mulher está presa porque usou um batom. Ela está cumprindo pena de 14 anos de cadeia. Daqui a 50 anos tudo isso será visto como inacreditável. Esse caso mostra que devemos votar a anistia ainda esta semana. Ela será geral e irrestrita”, disse o deputado.
Sobre sua prioridade na Câmara Federal, ele destacou a anistia, que poderá ser pautada ainda nesta semana.
“Outra prioridade é a CPMI do roubo dos aposentados. Eu fui o primeiro a mexer nela e hoje é uma realidade. Ela vai mostrar a cara das pessoas que roubaram os nossos velhinhos. A maioria dos integrantes da CPMI quer a verdade dos fatos. O relator é um cara dedicado ao Estado. Vamos fazer justiça aos nossos velhinhos, aos doentes, aos deficientes, aos analfabetos, que estão sendo roubados”, relatou Chrisóstomo.
As barganhas feitas com emendas no Congresso Nacional também foram alvo de críticas do deputado, que garantiu não aceitar esse tipo de prática.
“Eles chegam no parlamentar e oferecem as emendas, é assim que acontece. Mas comigo não funciona desse jeito. Pode vir com o que quiser que não tem conversa. Aliás, eles nem chegam em mim porque sabem que aqui não funciona. Eu tenho emendas, mas as minhas são oficiais, determinadas por lei para atender o povo de Rondônia. Essas que oferecem são para fazer carinho no governo”, exclamou o deputado.
Ele afirmou ainda sentir-se assombrado ao ver, segundo suas palavras, o tamanho da força do ministro Alexandre de Moraes dentro da República.
“O que mais me estarrece é apenas um homem fazer tudo isso e todo mundo olhando as coisas acontecerem, sem que sequer outro dentro do próprio tribunal se manifeste contra essas atrocidades. Isso nos deixa estarrecidos, pois assim como é com os outros, pode ser com a gente. Um tribunal com onze membros, um fazendo tudo isso e dez assistindo”, falou o deputado.
A responsabilidade do Senado também foi lembrada por Chrisóstomo, que alertou sobre a postura do presidente da Casa, Davi Alcolumbre.
“O Senado tem a responsabilidade de impedir qualquer poder de se sobrepor a outro, e não toma as providências cabíveis para resolver isso. Eu acredito que o presidente do Senado seja um homem comprometido com o tribunal”, disse o deputado.
Por fim, ele comentou sobre o dia em que realizou uma manifestação em frente ao STF e, segundo ele, o ministro Alexandre de Moraes mandou o governador do Distrito Federal entregar um mandado de prisão caso ele não saísse do local.
“Um parlamentar federal tem a sua liberdade de tomar qualquer procedimento dentro da Constituição em defesa do povo. Então, tudo que eu quiser fazer e falar em defesa do povo me é permitido pela lei. O ministro Alexandre mandou me prender caso eu não saísse da frente do STF. Esse ato é totalmente ilegal. Eu atendi a pessoa que levou a ordem de prisão, que era o governador do Distrito Federal, que afirmou que, se não saíssemos, eu seria preso. Então entendemos que o momento era de recuar”, finalizou Chrisóstomo.
Veja a Voz do Povo: