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    porto velho, segunda-feira 29 de setembro de 2025

Bagattoli quer governar Rondônia, mas ainda precisa aprender onde fica Porto Velho

Porto Velho, com mais de 30% do eleitorado, é um campo minado para quem é desconhecido. Bagattoli terá que investir pesado em agendas na capital...


Redação

Publicada em: 29/09/2025 10:37:00 - Atualizado

PORTO VELHO (RO) – A aparição de Michelle Bolsonaro em Ji-Paraná, no último sábado (27), fez barulho e reorganizou as peças do PL em Rondônia: Marcos Rogério vai tentar manter a cadeira no Senado, Bruno Scheid entra na disputa pela segunda vaga e, como num jogo de sobra, ficou para o senador Jaime Bagattoli (PL-Vilhena) a tarefa de encarar a corrida pelo governo em 2026.

Pecuarista de carteirinha e dono de um currículo empresarial respeitável no Cone Sul, Bagattoli conhece bem Vilhena e arredores, mas precisa urgentemente aprender o caminho para os bairros de Porto Velho – onde segue praticamente invisível para a maioria do eleitorado. No máximo, é lembrado por ser o “senador do boi” e fiel escudeiro da bandeira bolsonarista.

O problema é que governar Rondônia exige mais que discursos alinhados com Brasília. O senador passa boa parte do tempo na capital federal, reforçando sua identidade bolsonarista, mas acaba deixando de lado a construção de uma imagem popular aqui no Estado. Para sonhar com o Palácio Rio Madeira, precisará tirar a botina da zona de conforto e encarar estrada de chão, comunidade ribeirinha e periferia urbana.

Porto Velho, com mais de 30% do eleitorado, é um campo minado para quem é desconhecido. Bagattoli terá que investir pesado em agendas na capital, sob risco de ser atropelado por adversários que já têm presença consolidada no dia a dia da cidade. Em outras palavras: se quiser mesmo disputar o governo, não basta ter o apoio do ex-presidente – é preciso que o eleitor saiba, ao menos, pronunciar seu nome.


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