PORTO VELHO-RO: O vice-governador Sérgio Gonçalves-União Brasil - vem ocupando, passo a passo, o centro do tabuleiro político de Rondônia. Em apenas uma semana, dois acontecimentos distintos — um no campo jurídico e outro na articulação partidária — reforçaram seu peso dentro e fora do governo e o colocaram entre os principais nomes para a disputa pelo Palácio Rio Madeira em 2026.

A primeira vitória veio no Tribunal de Justiça de Rondônia, que anulou a emenda responsável por limitar as funções do vice-governador. A decisão garante a Gonçalves o direito de assumir o comando do Executivo estadual sempre que o governador deixar o território rondoniense. Com isso, ele recupera espaço institucional e passa a atuar com mais autonomia, tornando-se figura central nas decisões administrativas e políticas do Estado.

O segundo movimento, de natureza política, mostra o poder de articulação de Sérgio Gonçalves. Ele assumiu o protagonismo na Federação PRD/Solidariedade, grupo que se consolida como uma das maiores forças eleitorais de Rondônia. A estrutura partidária está sob comando de aliados próximos: Fábio Gonçalves, seu irmão, lidera o PRD, enquanto Avenilson Trindade, de sua confiança, preside o Solidariedade. A união das siglas coloca a federação ao lado de grandes legendas como MDB, PDT, PL, Podemos, PSD, PT/PcdoB/PV, Republicanos e União/PP, com poder de fogo equivalente — e um orçamento robusto, que ultrapassa R$ 200 milhões entre Fundo Partidário e Fundão Eleitoral.

Entre os nomes que orbitam o grupo estão Ribeiro do SINPOL, Pedro Fernandes e Edevaldo Neves, parlamentares que reforçam o vínculo entre o Legislativo e o projeto de poder de Gonçalves. Enquanto isso, o vice-governador, filiado ao União Brasil, segue medindo os passos com precisão, fortalecendo laços políticos e ampliando sua influência junto às principais forças regionais.

A poucos meses do início da corrida eleitoral, Sérgio Gonçalves já aparece como um dos protagonistas naturais da sucessão estadual. Com o respaldo da Justiça, apoio partidário e base fiel, o vice-governador sinaliza que está pronto para disputar o comando de Rondônia em 2026 — e, ao que tudo indica, em posição privilegiada.