Fundado em 11/10/2001
porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
FALAR EM PALANQUE DE CAMPANHA É UMA COISA, CUMPRIR O PROMETIDO À POPULAÇÃO, DAÍ É OUTRA, TOTALMENTE DIFERENTE!
Seis
dos oito deputados federais de Rondônia
votaram na sessão desta terça, na Câmara, quando se discutia projeto de
autoria do jovem deputado gaúcho Marcel Van Hatten, do Partido Novo.
Num resumo, a proposta dava opção aos partidos políticos para devolverem
ou não o chamado Fundo Eleitoral. O Partido
Novo recebeu vários depósitos de dinheiro público para usar na campanha
política, mas não aceitou um só centavo. A grana está guardada numa
conta, esperando que possa ser devolvida de onde saiu. O problema é que,
caso mande de volta, a verba do Novo seria
redistribuída para todos os demais partidos, ou seja, a meta de que
dinheiro público tem que voltar para os cofres federais, para serem
usados em benefício da população, seria corrompida. Van Hatten, então,
apresentou a proposta, simples e objetiva, que, se
imaginava, seria apoiada pela ampla maioria dos políticos, todos
discursando que estamos em novos tempos no Brasil e que as coisas
precisam mudar. O que deu no final, mostra que discurso é uma coisa;
palanque é uma coisa e prática é outra, bem diferente. A
proposta foi derrotada por 294 contrários e 144 favoráveis. Metade da
bancada do presidente Bolsonaro, o PSL, aqueles mesmos eleitos sob o
juramento de um Brasil diferente, votou contra, exigindo que o dinheiro
não usado, retorne aos cofres dos outros partidos.
Da bancada federal de Rondônia, votaram a favor do projeto de Van
Hatten, apenas três deputados: Léo Moraes, Mariana Carvalho e Mauro
Nazif. Foram contrários: Jaqueline Cassol, Expedito Neto e Silvia
Cristina. Lúcio Mosquini e o Coronel Chrisóstomo não estiveram
presentes à votação.
O
Fundo, no total, chega a quase 900 milhões
de reais. Os grandes partidos se esbaldam, recebendo cifras
milionárias, como se o brasileiro comum, que banca tudo isso, já não
esteja desesperado o suficiente por ter que sustentar tanta gastança, às
custas do seu suor. Até o final deste março, o Partido
Novo já recebeu perto de 4 milhões de reais do Fundo Partidário, outro
absurdo criado para usar dinheiro público para fazer política. Não
tocou em um só centavo. Enquanto todos os demais (exceção também ao
PSTU, que, não serve para nada, na politica brasileira)
enchem os bolsos com a grana dos tributos do povão, o Novo quer
devolver aos cofres públicos todo esse dinheiro. Não consegue. Se
devolver, vai é abastecer os mesmos cofres que, considera, já estão
cheios demais.
O
Novo não considera correto que partidos
vivam do imposto das pessoas comuns. “É preciso que cada legenda se
sustente com valores arrecadados de seus afiliados”, resume o programa
do partido, nesse quesito.
A
chance de mudar essa situação absurda
caiu no colo dos políticos. A grande maioria optou por esbaldar-se na
grana. Afinal, discursar em palanque eleitoral é uma coisa; cumprir o
que prometeu ao eleitorado, bem, aí já é coisa completamente
diferente...
NÃO HÁ CLIMA PARA O IMPEACHMENT
Não
há clima para tanto! Esse é o resumo do que se viu e ouviu pelos lados
da Assembleia, em relação ao pedido de impeachment contra o governador
Marcos Rocha. Embora o relacionamento entre os representantes
dos dois poderes eventualmente tenham divergências, não há, ao menos
por enquanto, qualquer sintoma de que a maioria dos parlamentares
aceitaria abrir um processo para tirar, à fórceps, um governador eleito
com mais de meio milhão de votos e a menos de cinco
meses. Até críticos mais duros do Governo, como o deputado Jair Montes
(que diz que não é oposição, mas sim considera que é sua missão
fiscalizar o Executivo), já afirmou publicamente que não apoia o
processo de impeachment. O que ele quer – e é mais ou menos
o que dizem vários outros deputados – é que Marcos Rocha cumpra a
Constituição. Que exonere todos os dirigentes de empresas públicas e
autarquias e que envie os nomes deles para serem analisados pelos
parlamentares. Aliás, nada mais do que determina a lei.
Afora isso, pouco mais vai acontecer nesse assunto, surgido depois que o
advogado Caetano Neto entrou com um pedido de processo de impeachment
contra Rocha, por descumprimento da Constituição estadual.
TRINTA ANOS DEPOIS, TEM É QUE SE APLAUDIR!
Por
falar em Assembleia: devagar com o andor! Há quem esteja criticando o
residente Laerte Gomes, porque ele ainda não convocou os aprovados no
concurso realizado recentemente. Críticas, ao invés dos elogios,
por sinal muito merecidos, porque Laerte determinou a realização de um
concurso para servidores do parlamento depois de 30 anos. Isso mesmo! A
não ser quando foi criada e houve uma prova simples para oficializar
quem trabalhava na época em que a ALE foi criada,
jamais foi feito qualquer chamamento público. Laerte o fez. E não pode,
poucos dias depois de concluída a fase inicial do processo, chamar aos
aprovados, até porque estaria desrespeitando os trâmites legais. Há uma
Comissão criada para organizar todo o assunto,
há prazos a serem seguidos e só então, cumpridas todas as exigências
legais, que os 110 aprovados (e só os 110 aprovados, conforme
determinava o edital!), serão chamados. Pelo que se ouve pelos lados do
Parlamento, os aprovados começam a ser chamados em agosto,
provavelmente, substituindo servidores que estão em processo de
aposentadoria. Ou seja, o Presidente que fez uma coisa importante,
abrindo as portas do Poder Legislativo para concurso público, depois de
três décadas, ainda sofre algumas críticas, totalmente
injustas, certamente partindo de quem teve algum interesse contrariado.
Os 104 aprovados, que assumem em breve, estão é comemorando,
certamente!.
CARTÓRIOS: TAXAS CAEM PELA METADE
O
ideal seria que todas as taxas dos cartórios tivessem zerado, Mas, num
acordo entre os poderes, os deputados acataram o veto do ex governador
Daniel Pereira, as mantendo como estavam, mas, ao mesmo
tempo, a Assembleia recebeu nova proposta do Governo, diminuindo a
maioria delas e, no final, esse decréscimo representou a queda de metade
do que elas custavam ao contribuinte. Basicamente, a taxa ao Ministério
Público será mantida em 7,5 por (não se entende
os motivos, já que o MP tem orçamento e recursos suficientes para seu
trabalho); enquanto a Defensoria Pública ficou com 4 por cento e a
Procuradoria Geral sem nada. Representantes de várias entidades
empresariais, que participaram de encontros com os deputados
para discutirem o assunto, alegavam que as taxas deveriam ser cortadas
totalmente, já que é um custo adicional ao contribuinte, que já paga
demais por praticamente todos os serviços que usa. Os próprios Cartórios
defendiam o fim das taxas. Zero. Com isso,
se passariam todos os descontos aos clientes. No final dos debates, se
encontrou um meio termo. Como disse um empresário ligado ao setor
comercial que representa entidades de classe: “queríamos que as taxas
caíssem todas a zero. Mas, dentro do espírito democrático,
foi um avanço conseguirmos reduzi-las pela metade”.
EXPEDITO NETTO CONTRA PAULO GUEDES
Não
é fácil de lidar com o jovem deputado Expedito Netto. Em seu segundo
mandato, ele tem se destacado na Câmara Federal novamente por suas
posições firmes e geralmente destoantes da maioria. É bom lembrar
que ele votou pelo impeachment de Dilma Rousseff, mas votou também pelo
de Michel Temer, nas duas vezes em que pedidos foram encaminhados para
autorizar a abertura de processos contra o então Chefe da Nação. Também
já anunciou que é contra a Reforma da Previdência,
o que não pode ser elogiado, mas que confirma que ele segue seus
instintos e posicionamentos, sem estar sob o jugo de ninguém. Nesta
terça, Expedito Netto se destacou de novo, numa troca de farpas com o
poderoso Ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes.
Numa de suas incursões pela Câmara, discutindo o projeto da
Previdência, Guedes criticou os que praticam a velha política. Expedito
não perdeu a oportunidade. Disse que o Presidente Bolsonaro pode não
entender da velha política, “mas os filhos dele entendem”.
Referiu-se, é claro, sobre as denúncias do uso de laranjas contra
Flávio Bolsonaro, filho do Presidente. Guedes apenas disse que quem tem
culpa, sejam quem for, tem que ser punido, E mudou de assunto....
AO MENOS TERENOS O GUINESS!
Exigimos
Rondônia no Livro Guiness dos Recordes.
Não tem prá ninguém. Nossas cadeias, são, sem dúvida alguma, as
melhores, mais preparadas, mais corretas, mais efetivas no importante
quesito fugas em massa. Nunca na história desse país, os presídios foram
tão facilmente aliviados de suas tensões; aliviados
na superlotação; abertos (com o perdão do trocadilho!) para a saída de
presos, a maioria deles perigosos, como os do nosso Estado. Como ninguém
se envergonha com as merecidas críticas a essa esdrúxula situação, pode
ser que se a gente começar a tirar sarro;
a ironizar; a criar figuras em linguagem patética sobre esses eventos
que enojam a população, alguém decida tomar alguma atitude para acabar
com essa trágica situação das cadeias. Em menos de 72 horas, nada menos
do que 40 presidiários, alguns deles extremamente
perigosos, estão de volta às ruas, para apavorar a população e trazer
pânico a todos. Os agentes penitenciários, que teriam encerrado a greve,
culpam o Governo e a PM, que deveria estar cuidando dos presídios, mas
não o faz à noite, exatamente nos horários
mais perigosos, enquanto a PM acha que está tudo certo e que o problema
é dos agentes. Enquanto eles ficam nessas brigas de competências, é o
cidadão comum que está exposto aos criminosos e ao crime. Onde anda o
Ministério Público, que não entra de sola para
investigar o que está acontecendo? Será que ninguém vai explicar à
sociedade o porquê dessa moleza inacreditável de presos fugirem das
nossas cadeias? Uma vergonha, mesmo!
QUASE PRONTOS,
DEZ ANOS DEPOIS!
Começa a reta final de um pacote de obras em Porto Velho
que,
no final, vai levar uma década inteira para ficar pronto. Trata-se dos
cinco viadutos da Capital, que, mesmo depois de todo esse tempo, ainda
não estão totalmente
concluídos. A reta final poderá ser realizada graças a uma emenda ao
orçamento da União, que a deputada federal Mariana Carvalho conseguiu,
para o Dnit. Com os 4 milhões de reais que faltavam, somados aos
recursos já disponíveis, será possível, enfim, se chegar
à conclusão dos trabalhos. Entre os trabalhos ainda pendentes, estão os
que se relacionam com as vias marginais. Também está na reta final a
construção da ligação da Prudente de Moraes com a BR, com os veículos
passando embaixo das pistas, para poderem retornar
em direção ao viaduto do Roque. Os trabalhos estão bastante adiantados e
é possível que fique pronto dentro de algumas semanas. Mariana diz que
os viadutos foram importantes para melhorar a estrutura de trânsito na
Capital, mas que os trechos e os detalhes
ainda não concluídos, precisam ser terminados o mais rapidamente
possível.
Dinheiro
não vai faltar. O que se lamenta é que obras vitais como essas tenham
demorado dez anos para serem concluídas, quanto estavam inicialmente
previstas para apenas três anos. Mas estamos no Brasil. No final das
contas, ainda temos que comemorar que elas foram concluídas. Já muitas
outras que ficaram pelo caminho...
PERGUNTINHA
Você acha correta ou considera de grande perigo para motoristas e pedestres, a decisão do Governo Federal de reduzir de 5.500 para apenas 400 o número de radares e lombadas eletrônicas nos 52 mil quilômetros de estradas federais do país?
CURTA o BLOG: https://www.facebook.com/opiniaodeprimeira?fref=ts
*O Rondonoticias informa que as colunas são de inteira responsabilidade de seus autores