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ONU condena por ampla maioria a decisão dos EUA sobre Jerusalém como capital de Israel

Mais de 120 países membros votaram a favor de resolução contra o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.


G1

Publicada em: 21/12/2017 14:44:41 - Atualizado

Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou nesta quinta-feira (21), por uma ampla maioria, uma resolução condenando o reconhecimento por Washington de Jerusalém como a capital de Israel.

Dos 193 países membros, 128 votaram a favor dessa resolução, incluindo o Brasil, e 9 contra.

Argentina, Austrália, Canadá, Croácia, Colômbia, Hungria, Letônia, México, Filipinas, Panamá, Paraguai, Polônia, República Tcheca foram alguns dos 35 países que se abstiveram.

A Ucrânia, que apoiou o projeto de resolução no Conselho de Segurança, estava entre os 21 países que não se apresentaram para a votação.

Países contra a resolução da ONU

  1. Guatemala
  2. Honduras
  3. Ilhas Marshall
  4. Micronésia
  5. Nauru
  6. Palau
  7. Togo
  8. Estados Unidos
  9. Israel

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, comemorou a decisão majoritária dos países membros da ONU.

"Esta decisão reafirma que a justa causa dos palestinos tem o apoio internacional (...) Vamos prosseguir com os nossos esforços na ONU e em outros fóruns internacionais para acabar com a ocupação (israelense) e criar um Estado palestino tendo Jerusalém Oriental como capital".

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou estar satisfeito com o número de países em abstenção.

"Em Israel, nós rejeitamos esta decisão da ONU e reagimos com satisfação diante do número importante de países que não votaram a favor", afirmou o primeiro-ministro em um comunicado.

Movimento polêmico dos EUA

O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e a mudança da Embaixada dos EUA em Israel para a cidade são movimentos delicados e que causam muita polêmica no cenário internacional.

Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) como capital de seu futuro Estado.

Apesar de apelos por parte de líderes árabes e europeus, e de advertências que a decisão poderia desencadear uma onda de protestos e violência, Trump declarou que adota agora uma nova abordagem, considerando que mesmo com a postura anterior dos EUA, a paz na região até hoje não foi atingida.

Atualmente, a maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv, justamente pela falta de consenso na comunidade internacional sobre o status de Jerusalém. A posição da maior parte da comunidade internacional, e dos Estados Unidos até o anúncio de Trump, é a de que o status de Jerusalém deve ser decidido em negociações de paz.

No conflito entre Israel e palestinos, o status diplomático de Jerusalém, cidade que abriga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, é uma das questões mais polêmicas e ponto crucial nas negociações de paz.


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