BRASIL: Mesmo se tiver condições de despachar do Hospital Nova Star, em São Paulo, Jair Bolsonaro está sendo aconselhado por ministros e assessores mais próximos a considerar a passar o cargo para o vice-presidente, general Hamilton Mourão.

A sugestão tem uma finalidade política, que é de aproximar Bolsonaro de seu vice, com quem andou às turras a maior parte desses três anos de governo.

O desgaste político dos últimos meses — com queda de popularidade somada à economia cambaleante — seria a razão dessa “concessão” ao vice. Bolsonaro precisa agregar apoios e não mais perdê-los. Precisa garantir, ao menos, que seus velhos aliados permaneçam a seu lado num momento negativo no cenário político.

Nesses três anos, Bolsonaro já desdenhou de Mourão, deixou claro que não tem o perfil de seu vice ideal para a tentativa da reeleição, mas sinalizou um recuo.

Por sua vez, Mourão, que já se referiu a um dos filhos do presidente como "Eduardo Bnananinha", reavalia esse afastamento e tem defendido o companheiro de chapa em algumas falas e entrevistas.