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porto velho, quarta-feira 2 de julho de 2025
O ministro Luís Roberto Barroso fez nesta quinta-feira (17) um balanço sobre os dois anos como presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele passará o comando da Corte para o ministro Edson Fachin, na próxima terça-feira (22). Em seu discurso de despedida, Barroso voltou a defender a segurança das urnas eletrônicas e do processo eleitoral no Brasil, citou o combate às fake news e acusações falsas em redes sociais, a luta pela maior participação das mulheres e dos negros na política e daas ações contra os ataques às instituições no país. O presidente da Corte Eleitoral também criticou o presidente da República, Jair Bolsonaro, por não apresentar provas sobre fraudes nas eleições e pelo vazamento de informações sigilosas do TSE.
Barroso classificou como "desnecessário" e "retrocesso" o debate sobre a volta do voto impresso, com contagem manual. Para ele, a discussão em torno do tema é uma "solução inadequada para um problema inexistente". Ele mencionou que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou o voto impresso inconstitucional e que a Câmara rejeitou o debate no Legislativo.
Barroso disse que cada passo do processo eleitoral é transparente, desde o desenvolvimento do programa até a divulgação do resultado, e que as etapas estão sujeitas à fiscalizaçlão dos tecnicos e indicados pelos partidos políticos, da OAB, da Procuradoria-Geral da República, da Polícia Federal, das Forças Armadas e de diversas outras entidades.
Sem citar nomes, Luís Roberto Barroso fez declaração sobre a possibilidade de se vetar a atuação de aplicativos de mensagens durante a campanha eleitoral deste ano. A fala foi proferida quando ele falava sobre o TSE ter tornado permanente o programa de enfrentamento à desinformação.
Em janeiro, o ministro havia cogitado a proibição do Telegram depois de ter procurado pela empresa e não receber resposta. No discurso desta quinta, ele voltou a dizer que companhias que não se submetem às nossas regras não devem operar no país.