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porto velho, sábado 5 de julho de 2025
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou sobre o aumento no preço dos combustíveis e as propostas para lidar com o problema durante o programa Direto ao Ponto, nesta segunda, 21. Guedes criticou ideias de controle de preços, como a de Lula, ex-presidente e pré-candidato, que disse que irá “abrasileirar” a gasolina caso vença a eleição de 2022, finalizando o PPI (preço de paridade internacional, que leva em conta o valor do dólar e do barril de petróleo no exterior). Para o ministro, isso acabaria quebrando a Petrobras novamente.
“Nós somos vítimas, prisioneiros, de dois monopólios verticalizados há décadas: a Petrobras e a Eletrobras, que controlavam tudo. A Eletrobras controlava a geração, a transmissão, a distribuição [de energia elétrica], e a Petrobras, a extração, o transporte e a distribuição [de petróleo]. Essa solução que os políticos de esquerda deram, eles já fizeram e quebraram a Petrobras e a Eletrobras. Nós já sabemos que não funciona. Por outro lado, nós não podemos deixar dois monopólios extraindo lucros dos brasileiros. Esse modelo chegou ao fim. A Eletrobras precisa investir R$ 15,5 bilhões só para manter sua fatia de mercado e só tem capacidade financeira para investir R$ 3, 3,5 [bilhões]. Nós sabemos que o caminho da prosperidade exige competição, livre mercado. Não é nem por questão ideológica, é por necessidade de sustentação do crescimento. Estão querendo pregar um modelo ruim, que se exauriu, estão querendo pregar uma volta ao passado. Vamos controlar os preços? Ok, vamos quebrar a Petrobras e a Eletrobras. [O controle de preços quebrou] não só as empresas, quebrou os fundos de pensão, quebraram tudo. O caminho não é o congelamento de preços do passado, como a esquerda está falando, mas o caminho não é ficar com esse modelo de cartéis, de monopólios verticais”, afirmou o ministro, analisando que o correto seria deixar que a livre concorrência regulasse os mercados de petróleo e energia.