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    porto velho, sexta-feira 4 de julho de 2025

Desesperado Lula divulga "carta aos evangélicos" para tentar diminuir rejeição

Candidato do PT à Presidência da República tenta se aproximar de ala religiosa que majoritariamente apoia seu adversário Jair Bolsonaro (PL)


metropoles

Publicada em: 19/10/2022 18:48:30 - Atualizado

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (19/10) com apoiadores evangélicos, em São Paulo. O gesto é uma tentativa de se aproximar da ala religiosa que majoritariamente apoia seu adversário Jair Messias Bolsonaro (PL).

Lula entrou ao som de música gospel na sala de conferência do Hotel Intercontinental, localizado no bairro Jardim Paulistano, área nobre da zona oeste da capital paulista. Logo depois, foi feita uma oração que agradeceu o ex-presidente e celebrou a vacina de Covid-19.

A agenda da campanha petista marcou a divulgação da carta de Lula para evangélicos. “Jesus teve que se explicar a vida inteira, porque as dúvidas que se colocam em cima da gente é para impedir que a gente possa ganhar a eleição”, afirmou o candidato.

Entre as lideranças religiosas estavam o pastor Ariovaldo Ramos, coordenador da Frente de Evangélicos Pelo Estado de Direito, e o pastor Henrique Vieira (PSL), eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro.

“Nós pedimos ao presidente Lula que fizesse algo de extrema boa vontade de vir aqui para dizer para gente que ele não vai fazer o que ele nunca fez. Um absurdo isso. É um negócio absurdo mesmo: ‘Vai lá e diz para o nosso povo que o senhor vai continuar não fazendo o que o senhor nunca fez. O senhor não fechou igreja, nunca tirou a liberdade da gente, sempre tratou a gente com deferência, com honra, teve uma uma relação republicana com todas as religiões e atendeu o anseio de todos nós quando aprovou a lei de Liberdade Religiosa do Brasil”, disse Ariovaldo.

As evangélicas Marina Silva (Rede Sustentabilidade), eleita deputada federal por São Paulo, Eliziane Gama (Cidadania), senadora pelo Maranhão, e Benedita da Silva (PT), deputada federal pelo Rio de Janeiro, também participaram da agenda de campanha.

Resistência

O ex-presidente disse anteriormente que não faria o documento para religiosos, pois seu histórico no governo mostra que defende a liberdade de expressão religiosa.

“Essas coisas a gente não precisa ficar fazendo carta. Senão vou ter de fazer carta para 500 setores da sociedade. O que tenho é um legado de oito anos de Presidência da República”, disse. “Então, me desculpe, mas eu não tenho [a intenção], a não ser que a coordenação queira”, afirmou o petista em 6 de outubro.

Lula continuou sua argumentação: “Não dá para fazer carta. Nós temos um programa de governo, temos uma história e temos um legado, é isso que as pessoas têm que olhar”.


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