BRASIL - A defesa do influenciador digital Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso em julho do ano passado por ameaças a integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao ministro Alexandre de Moraes que envie a investigação para a primeira instância (na Justiça de Minas Gerais) e que seja revogada a prisão dele.

A defesa pede para converter a prisão preventiva em medidas cautelares alternativas à prisão. Os advogados dizem ainda que alegação de que há risco de que ele repita as ameaças (uma das justificativas para a prisão preventiva) é amparada em suposição. "Não foi encontrada uma única arma com Ivan. Nada nos autos indicam que ele vá tornar concreta quaisquer das falas que lhes são imputadas. Ivan é um dependente químico e as falas que lhes são imputadas não passam de destempero verbal", diz a defesa.

Ivan Rejane Pinto foi preso pela Polícia Federal em 22 de julho, em Belo Horizonte, por decisão de Alexandre de Moraes, por veicular informações falsas sobre a atuação da Corte. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva do influenciador.

O ministro também determinou que a Polícia Federal, no prazo de 30 dias, apresente relatório conclusivo sobre esta investigação. Segundo Moraes, a investigação, ainda em andamento, "demonstra uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, utilizando-se de uma rede virtual de apoiadores que atuam, de forma sistemática, para criar ou compartilhar mensagens que tenham por mote final a derrubada da estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil".