BRASIL- O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (27) prorrogar duas investigações que envolvem ataques à democracia na Corte. São elas:

• inquérito que apura suposta omissão de autoridades nos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro - prorrogado por 60 dias
• apuração sobre a suposta atuação de uma milícia digital contra as instituições - prorrogado por mais 90 dias pela sexta vez.

As investigações

MPF abre inquérito para investigar participação de agentes públicos nos ataques golpistas

Os dois casos atingem aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. No caso da omissão de autoridades no ataque de extremistas em janeiro, uma das diligências pendentes é a análise da chamada minuta do golpe apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

No chamado inquérito das milícias digitais, a Polícia Federal apura a existência de uma organização criminosa que teria a finalidade de atentar contra o estado democrático de direito e se articularia em núcleos político, de produção, publicação e financiamento.

Outra suspeita é de que esse grupo tenha sido abastecido com verba pública.

Já no inquérito sobre omissão nos ataques de 8 de janeiro, a PF apontou sete pendências, entre elas, a análise de protocolos de ações da PM do DF em grandes eventos passados para entender se houve quebra de padrão no planejamento para os ataques.

Também serão analisadas imagens gravadas pelas câmeras de monitoramento e vigilância das entradas de pessoas e de veículos no Palácio do Buriti, sede do governo do DF, no início de janeiro, e mensagens extraídas dos celulares dos investigados.

Além de Torres, também são investigados o governador afastado do DF Ibaneis Rocha (MDB) e o ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Fábio Augusto Vieira.