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    porto velho, domingo 24 de novembro de 2024

Cinco hábitos na sua dieta que podem estar a aumentar o risco de diabetes

Certos hábitos alimentares que talvez considere inofensivos, como comer cereais e bacon, podem afinal aumentar o risco de desenvolver diabetes.


Rondonoticias

Publicada em: 06/02/2018 10:50:56 - Atualizado

Só nos Estados Unidos estima-se que 30 milhões de pessoas tenham diabetes. De acordo com a American Diabetes Association, a doença causa mais de 79 mil mortes por ano e contribuiu para centenas mais.

A diabetes tipo 2 resulta de uma resistência à insulina, que ocorre quando o corpo não consegue usar devidamente a hormona, que controla os níveis de açúcar no sangue.

Segundo especialistas da T. H. Chan School, da Universidade norte-americana de Harvard, os fatores que contribuem para uma deficiente e para uma fraca produção de insulina, incluem: falta de atividade física, obesidade, fumar, ingerir demasiado álcool e consumir comida com alto teor de açúcar e de gordura.

Todavia, existem outros tipos de comportamentos menos conhecidos que aumentam o risco de desenvolver a doença.

Por exemplo, os cinco hábitos alimentares que se seguem, parecem inofensivos, mas abandoná-los poderá diminuir significativamente a probabilidade de vir a desenvolver diabetes de tipo 2.

Comer apenas vegetais com muito amido

Comer vegetais faz bem e é recomendado, aliás muitos dos oxidantes que contém diminuem o risco de diabetes. Contudo, convém não combinar na mesma refeição vegetais ricos em amido, que é um género de carbo hidrato. Ou seja, não é recomendado por exemplo, comer comer à mesma refeição ervilhas com arroz. A nutricionista Jenifer Bowman, no Instituto UCHealth, em Fort Collins, nos EUA, apela à moderação “para regular o nível de açúcar no sangue é necessário reduzir o consumo de hidratos de carbono, muitas pessoas não se apercebem que batata doce, ervilhas, lentilhas, quinoa ou milho são de facto alimentos muito ricos em amido”, explica.

Comer frutos secos regularmente

Pode ser um petisco saudável, mas os frutos secos em demasia podem aumentar o nível de glicémia e não saciar tanto como a fruta fresca. “Quando se come um alperce inteiro fica-se geralmente satisfeito, comendo apenas um. Porém, se se come um alperce seco a tendência será para se ingerir mais do que uma porção. Ou seja, consome-se muito mais açúcar”, afirma a médica especialista em obesidade Fatima Cody Stanford.

Comer poucas nozes

Este snack saudável contém gorduras polinsaturadas, que segundo estudos anteriores ajudam a prevenir o desenvolvimento de diabetes de tipo 2 e a aumentar a produção de insulina.

Adicionalmente, o consumo de nozes ativa uma parte do cérebro que regula o apetite. Inclua nozes no seu próximo lanche para o ajudarem a resistir aos bolos, sumos e outros alimentos menos saudáveis.

Comer carne vermelha

Para além de provocar doenças cardiovasculares, novos estudos indicam que comer carne vermelha, mesmo que em quantidade reduzida, pode aumentar o risco de diabetes. De acordo com uma investigação conduzida por cientistas da Harvard School of Public Health, uma única porção de carne vermelha diária está a associada a 19% de risco de se contrair diabetes de tipo 2.

Apesar dos especialistas, ainda não estarem absolutamente certos do que especificamente na carne vermelha contribui para a doença, pensa-se que seja a alta concentração de ferro do alimento que seja responsável por danificar as células que produzem insulina.

Comida processada

A mesma investigação da Harvard School of Public Health, concluiu ainda que cada porção de carne processada, incluindo salsichas, bacon e salame, representa um aumento de 51% no risco de diabetes.

Mas então o que se deve comer?

“Ingira alimentos com pouco gordura e com altos níveis de proteína, sejam de fonte animal ou de outras fontes. Evite carne demasiado processada, como ‘nuggets’ por exemplo”, salienta Stanford.

A médica especialista em obesidade, acrescenta ainda que se deve ingerir mais alimentos integrais, como aveia ou arroz integral, e diminuir o consumo de alimentos excessivamente refinados.


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