PORTO VELHO, RO - Uma infestação de pombos em Porto Velho vem preocupando os moradores, as aves estão espalhadas em toda capital, mas se concentra em pontos estratégicos principalmente no Centro, como no mercado Municipal, e nos arredores da Catedral e na Praça Aluísio Ferreira.

Os comerciantes alegam que não se incomodam com a presença dos animais e chegam a comprar milho para alimentá-los, tal situação torna o quadro muito mais preocupante, pois uma vez que há uma disponibilidade de alimento as condições climáticas são favoráveis para a reprodução, já que não há predadores naturais a exemplo de falcões, gaviões e felinos para um controle biológico eficiente.

De acordo com a médica veterinária Fernanda Alencar, os pombos domésticos (columba Livia) são originários do continente Europeu e foram introduzidos na América do Sul por volta do século XVII. Segundo a médica a estimativa de vida da ave nos centros urbanos é de aproximadamente de 3 a 5 anos e em condições de vida silvestre 15.

“A fêmea faz o ninho com material que encontra nas redondezas de seus abrigos, põem de 1 a 2 ovos que são incubados por um período de 17 a 19 dias, em boas condições de abrigo podem ter de 4 a 6 ninhadas por ano”.

Fernanda afirma que os pombos transmitem diversos tipos de doenças a humanos e animais domésticos tais como a histoplasmose, ornitose, salmonelose, toxoplasmose, encefalite, dermatites, alergias respiratórias, doença de Newcastle, aspergilose e tuberculose aviária, entre a mais grave é a Criptococose. Entre os meios de transmissão ocorre se houver contato com as fezes secas.

“A Criptococose pode causar feridas ulcerativas geralmente comuns em gatos por conta da caça formando lesões são de difícil tratamento. Quanto à toxoplasmose ela pode estar encrustada na musculatura do pombo, ao se alimentar dessa carne os felinos adquirem a doença”.

Porém, diferentemente dos outros animais, a médica diz que a única maneira permitida legalmente de lidar com eles é o controle. “Não se pode matar, mas não se deve alimentar também. Hoje existem produtos no mercado que fazem com que os pombos fiquem fora do contato em áreas urbanas”.