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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
Em uma carta enviada a senadores dos Estados Unidos o Facebook admitiu que tem acesso à localização dos usuários da rede social mesmo quando não é dada autorização.
O site The Hill teve acesso ao documento e detalhou a prática, "após pressão dos senadores Christopher Coons e Josh Hawley, que questionaram as políticas de rastreamento da empresa de Mark Zuckerberg".
No documento, o Facebook assume que é capaz de identificar a localização dos utilizadores da plataforma através de informações que vão sendo compartilhadas, tais como vídeos, identificações ou anúncios no marketplace. Mas há mais. A empresa de Zuckerberg consegue ainda acessar à localização através do endereço IP do dispositivo que usa.
Rob Sherman é o vice-diretor da privacidade da empresa que assinou o documento e justificou esta estratégia da empresa com a necessidade de direcionar as publicidades exibidas. A rede social mostra esses conteúdos de acordo com a cidade ou a região em que o utilizador se encontra, mesmo que o serviço de localização tenha sido desativado.
Este documento causou mal-estar entre os senadores que recorreram ao Twitter para enviar farpas.
O Facebook acredita, porém, que deve ser transparente em todo este processo e que os utilizadores devem ter a possibilidade de controlar as informações recolhidas. No documento pode ainda ler-se que, "para garantir o uso consistente e responsável da localização dos usuários", foi criada uma equipa especializada em gerir a infraestrutura que processa esses dados.
A plataforma alega que os utilizadores têm total controlo sobre o fornecimento da localização do dispositivo. É ainda deixada a salvaguarda que a localização a que o Facebook acede sem autorização não é transmitida aos anunciantes.