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    porto velho, sábado 23 de novembro de 2024

Exposição do artista plástico Flávio Dutka encanta visitantes na capital

Professor do Município de Porto Velho, ele leciona na região ribeirinha, onde mora e produz seus trabalhos utilizando apenas traços.


ASSESSORIA

Publicada em: 24/12/2018 11:12:57 - Atualizado


Exposição do artista plástico Flávio Dutka encanta visitantes

PORTO VELHO, RO - O professor de História da rede municipal de ensino, artista plástico Flávio Dutka, continua com seus trabalhos em exposição na Casa de Cultura Ivan Marrocos, no centro da cidade. A mostra ficará aberta ao público até o dia 19 de janeiro, na parte da manhã e tarde. Apesar de sua formação em História, Flávio Dutka ensina Artes e Inglês.

Os trabalhos expostos foram produzidos entre os anos de 2016 e 2018. Dutka é paraense, mas reside em Rondônia desde os seis anos de idade. É um autodidata, que iniciou nas artes ainda pequeno. Sua primeira exposição foi aos 16 anos.

Ele é um apaixonado pela natureza. Foi esse amor que o levou a optar pela região ribeirinha de Porto Velho quando fez o concurso para professor do Município há dez anos. “Ninguém queria ir para essa região por ser isolada, diziam que eu era louco, que não demoraria muito tempo por lá”, afirma.

O artista plástico está exatamente há dez anos e seis meses vivendo em meio aos ribeirinhos. Durante oito anos lecionou nas comunidades/distritos de Papagaios, Cuniã, Demarcação, Santa Catarina e Nazaré. Atualmente está fixo na região do Cuniã, uma das áres mais belas de Rondônia, com paisagens cinematográficas.

É justamente a natureza que o artista plástico usa como base em seu processo de criação, retratando de forma minuciosa, por meio de traços, as paisagens e recantos pitorescos que encontra pela frente. É exatamente a técnica utilizada por ele que chama mais a atenção do público. Além de Porto Velho, Dutka já expôs em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, na Finlândia e Milão(Itália).

Exposição

Ao falar da exposição na Casa de Cultura Ivan Marrocos, ele diz que está tendo uma excelente receptividade por parte dos visitantes. “As pessoas se mostram encantadas com a técnica que utilizo para retratar temas simples e de maneira original”, disse. A mostra é dividida em três séries.

Na série Cuniã, o artista mostra de forma eufônica, centenas, milhares de pontos e linhas compõem-se, criando efeitos de luz e sombra constituindo paisagens que fogem à mera representação do contexto ribeirinho. Elas falam sobre as ocupações dessas comunidades, de seu isolamento e de uma paisagem que vem desaparecendo. 

A série Piracema mostra o movimento dos cardumes de peixes que nadam rio acima, contra a correnteza, para realizar a desova no período de reprodução faz-se reverberar a todo instante a plenitude de cada instante.

Na série Tédio, o artista transformou a arte como seu ponto de equilíbrio, a arte expressa uma tentativa de reorganização de seus sentimentos, muitas vezes um refúgio, dando-lhe sentido à vida.


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