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porto velho, terça-feira 15 de julho de 2025
BRASIL: No Rio de Janeiro, a disputa por territórios entre traficantes e milicianos é cada vez maior e o número de confrontos armados tem crescido ao longo das últimas semanas. Uma guerra que deixa os moradores na linha do tiro.
Segundo a polícia, traficantes passaram a cometer crimes que antes eram mais comuns entre milicianos. Em algumas regiões, cobram taxas de comerciantes e moradores, além de monopolizar a venda de gás e de água. Um levantamento do banco de dados Fogo Cruzado mostra que quase 2,5 milhões de moradores da cidade do Rio estão sob o cerco dos grupos criminosos.
Em 2023, em média três fuzis foram retirados por dia das mãos de criminosos pelas Forças de Segurança. O reflexo desse poderio bélico é visto no número de tiroteios. Uma média diária de 10 na Região Metropolitana. Há 10 meses, começou o terror em Jacarepaguá e um morador do local conta como tem sido.
"Guerra constante, molecada com armas de guerra na porta de moradores, hospitais, clínicas, escolas sempre fechando. Sem atender a população, sem atender os alunos, sem atender os pacientes", conta o morador.
Ao longo de 15 anos, o percentual de moradores que vivem nas áreas controladas por grupos milicianos saltou de 22% em 2006 para 47% em 2021. O tráfico tenta tomar o controle das áreas sob domínio da milícia, principalmente na Zona Oeste da cidade. A guerra tem efeito direto sobre a população, que muitas vezes fica impedida de sair de casa.