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    porto velho, terça-feira 15 de julho de 2025

Justiça nega recurso do estado de SP, e PM preso pelo assassinato do lutador Leandro Lo continuará a receber salário

TJ-SP negou pedido do Estado para que Henrique Velozo parasse de receber salário enquanto está preso provisoriamente.


G1

Publicada em: 26/04/2023 16:46:28 - Atualizado


BRASIL -O Tribunal da Justiça de São Paulo decidiu que o Policial Militar Henrique Velozo, preso provisoriamente pela morte do lutador de jiu-jítsu Leandro Lo, continuará recebendo salário. A decisão foi tomada em 10 de abril.

O TJ-SP respondeu ao pedido de suspensão dos pagamentos feito pela Procuradoria Geral do Estado de São Paulo em 4 de abril.

A defesa do policial afirmou que suspender os pagamentos comprometeria a renda familiar.

Já a Procuradoria afirmou que o auxílio reclusão que a família do acusado já recebe é o suficiente, por corresponder ao valor do salário do policial.

Na decisão, o relator, Edson Ferreira da Silva, justificou a manutenção dos salários seguindo "orientação fixada pelo Órgão Especial desta Corte, contrária à suspensão dos vencimentos do servidor preso em caráter provisório, a despeito do regramento da legislação estadual sobre essa questão".

O PM voltou a receber salário em março deste ano e ficará preso provisoriamente até o julgamento, ainda sem data marcada.

A defesa havia pedido também o pagamento retroativo de todos os salários que o PM não recebeu desde a suspensão, mas a questão ainda não foi discutida. Velozo se entregou à Corregedoria e foi detido em 22 de agosto de 2022.

Depoimentos

  • Próximo depoimento será no dia 23 de maio.
  • Serão ouvidas 23 pessoas.
  • O réu Henrique Velozo vai ser escutado após todas testemunhas serem ouvidas.
  • 11 pessoas falaram no primeiro dia de depoimentos, em 24 de março.

Denúncia por homicídio

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra o PM Velozo e o tornou réu pela morte do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo no ano passado.

Segundo o g1 apurou, o Ministério Público ofereceu em 30 de agosto a denúncia contra o policial por homicídio triplamente qualificado.

As qualificadoras do homicídio colocadas pelo órgão foram: por motivo torpe; com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e à traição, de emboscada.

A denúncia foi aceita pela Justiça, que também decretou no dia 2 de setembro a conversão da prisão temporária de 30 dias do policial para a prisão preventiva.

Defesa

O advogado do policial militar afirmou ao g1 em 15 de agosto que o oficial agiu por "defesa" depois que foi cercado por seis lutadores.

Já a defesa de Leandro ressalta que o lutador teve uma discussão com o policial e, para acalmar a situação, imobilizou o homem. Após se afastar, o agressor sacou uma arma, atirou uma vez na cabeça do lutador e deu dois chutes em Leandro antes de fugir.



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