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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: Wellington da Silva Rosas morreu após ser enforcado, com uma corda improvisada, por um preso no Centro de Detenção Provisória 2 (CDP2), de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, porque teria tentado supostamente estuprar uma mulher trans, namorada de seu assassino confesso. O caso ocorreu na terça-feira (2/3).
Ele estava preso na unidade por causa do homicídio de sua própria filha, a jovem Rayssa Santos da Silva Rosas, de 18 anos, cujo corpo foi encontrado carbonizado, em uma vala da Avenida 23 de Maio, uma das mais movimentadas do centro paulistano, no último dia 25.
Em depoimento à Polícia Civil, obtido pelo site, a cabeleireira Safira Salles de Oliveira, 26, que se identifica com o gênero feminino, afirmou que foi assediada e alvo de uma suposta tentativa de estupro, atribuída a Wellington, na noite de terça-feira.
Ela e outros sete presos, entre eles Wellington, foram encaminhados para a enfermaria do CDP 2, após serem retirados de duas celas do “seguro” — carceragem onde detentos são resguardados — para a pintura dos cárceres, solicitada pela Corregedoria da Polícia Penal.
Dos oito presidiários somente Douglas Ricardo de Oliveira, de 38 anos, foi isolado em uma carceragem dentro da própria enfermaria. Ele e Safira namoram há cerca de três meses.
Ainda em seu depoimento, Safira afirmou que Wellington a teria assediado, quando a cabeleireira tomava banho, na tarde de terça. A cabeleireira então alertou seu namorado.
De noite, Wellington teria supostamente tentado estuprar Safira, que estava deitada ao lado da grade da carceragem onde seu namorado estava isolado dos outros detentos.
Douglas afirmou em depoimento, também obtido pelo site, que já havia feito uma “tia” (corda improvisada) com um pedaço de calça, ainda de tarde — quando sua namorada o alertou sobre o suposto assédio sofrido no banho.
Quando Wellington supostamente tentou estuprar Safira, Douglas afirmou que conseguiu pegá-lo, colocando os braços para fora das grades, e o enforcou com a corda improvisada. Safira então começou a gritar, pedindo socorro.
Alertados pelos pedidos de ajuda da cabeleireira, agentes penitenciários foram até a enfermaria, onde encontraram Wellington inconsciente mas, segundo eles, ainda vivo. Ele morreu entre o trajeto do CDP 2 para o Pronto Socorro da Lapa, ainda na zona oeste.
Douglas confessou o crime, pelo qual foi indiciado em flagrante. Ele já estava preso por tráfico de drogas, segundo o apurado pela reportagem.