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    porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024

Mulheres relatam método usado por empresário preso em PE por estupro: 'Rezei pra ele acabar'

Rodrigo Carvalheira foi preso na manhã desta quinta-feira, 11, no Recife


terra

Publicada em: 12/04/2024 10:47:04 - Atualizado

BRASIL: Duas das três mulheres que fizeram denúncias que resultaram na prisão do empresário Rodrigo Carvalheira, no Recife, por estupro, falaram pela primeira vez sobre os casos. Elas relataram um modo de atuar semelhante. O empresário, que se apresentava como amigo das três vítimas, oferecia uma droga em formato de comprimido para dopá-las e, então, se aproveitava das mulheres.

"Eu só tenho lembrança no outro dia, ele acordando em cima de mim. A única reação que eu tive foi pegar um travesseiro e colocar na cara dele. E fechei o olho, esperei e só rezei pra ele acabar e sair de cima de mim", conta uma das vítimas.

Essa mulher foi a primeira a denunciar. O caso vivido por ela aconteceu durante o carnaval de 2019. Na ocasião, o empresário Rodrigo Carvalheira foi até a casa da mulher para irem juntos para uma festa, já que os dois eram amigos.

"Assim que ele chegou na minha casa. Ao invés de pedir pra eu descer pra gente ir, ele subiu. Assim que ele chegou na minha casa, ele já estava com um copo de bebida na mão. Enfiou um comprimido na minha boca, que eu não vi nem a cor nem nada. Enfiou. E antes de eu poder pensar ou falar qualquer coisa ele já virou a bebida dele na minha boca", relembra.

Ela conta que Carvalheira teria dito que o comprimido era ecstasy. Depois disso, a mulher não tem mais lembranças da noite. Quando acordou e o homem saiu de cima dela, ela conta ter encontrado manchas de sangue em vários locais da casa.

"Eu só entendi o que aconteceu, de fato, depois de uns quatro dias, que eu fui conversar... pedir pra conversar com ele. E ele disse que a gente tinha transado em vários lugares da casa. Eu disse que tinha ficado muito triste com o que tinha acontecido, que ele sabia que eu não queria ficar com ele. Ele pediu desculpas", diz.

A mulher afirma ainda que bloqueou a memória por algum tempo. Mas quando começou a fazer terapia, conseguiu levar o assunto para a psicóloga, e as lembranças voltaram a surgir. Ela só veio a tomar coragem para denunciar o caso porque o próprio Rodrigo estaria comentando o assunto com outras pessoas, para se defender da sua versão.

"Por ele estar me difamando pela cidade inteira, pessoas aleatórias vieram falar comigo dizendo que também tinham sido vítimas", diz.

"Eu era virgem"
A segunda a denunciar tinha 18 anos na época em que os fatos ocorreram. Ela, assim como a primeira, já conhecia Rodrigo Carvalheira e o considerava um amigo, a quem chamava pelo apelido de "Titela".

"Eu tava bebendo e tal. E aí ele chegou perto de mim e perguntou se eu queria ficar mais alegre pra curtir a festa. E eu era nova, e eu disse 'tá'", relembra. Depois de aceitar o comprimido, a mulher conta que começou a passar mal.

"Eu lembro que eu saí do banheiro e, quando eu saí, ele tava me esperando na porta. Aí eu: 'Titela, eu preciso ir pra casa'. E ele: 'Não, fique tranquila, eu te levo.' E na hora eu fiquei até aliviada", conta.


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