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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: Após ter a casa invadida pela Polícia Civil de Goiás, durante o cumprimento de um mandado de prisão no endereço errado, a família que mora no local, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana, está traumatizada. De acordo com o advogado Adriano Neves, eles sentem medo de represálias.
Nessa quarta-feira (17/4), as vítimas foram ouvidas pela primeira vez pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). O órgão investiga se houve crime ou não na ação da polícia, que aconteceu no último dia 11. Durante a abordagem, a moradora chegou a ter uma arma apontada contra o rosto, além de ser segurada pelo pescoço.
O advogado das vítimas defende que houve abuso de autoridade, dano ao portão da casa, além de outras falhas durante a ação policial.
“Eles estão trocando o dia pela noite. Dormem de dia e passam a noite inteira acordados, com medo. A filha deles, de 9 anos, tem medo das pessoas entrarem lá. É um trauma que só o tempo vai apagar. Esperamos que a justiça seja feita para amenizar um pouco a dor”, disse Adriano Neves ao portal g1.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que o mandado foi cumprido no endereço correto, que constava na ordem judicial. Diz que o local foi determinado por investigação técnica, que continha informações decorrentes de quebra de sigilo telemático e vigilância policial in- loco.
A corporação afirma também que os policiais bateram no portão e chamaram os moradores diversas vezes, mas não tiveram retorno e, por isso, decidiram arrombar o portão da casa. A decisão estaria de acordo com o artigo 245, do Código de Processo Penal.
A nota diz ainda que “havia uma ligação entre a casa objeto da busca e a pessoa que se buscava prender, tanto o é que, esta foi presa em frente à residência citada no mandado judicial”.
O caso aconteceu há uma semana, no dia 11 de abril, no Parque Industrial Santo Antônio, quando agentes da PCGO realizavam uma operação contra organização criminosa e cumpria mandados de prisão e busca e apreensão.
Por volta de 6h, a equipe arrombou o portão da casa. A empresária Tainá Fontenele, que mora na residência, começou a gravar a ação, questionando o motivo pelo qual a polícia estava ali e fazendo aquilo. Nas imagens, ela registrou que uma policial apontou uma arma contra o rosto dela.
A moradora ficou ainda mais brava e questionou o motivo de estarem ali. Foi quando um policial anunciou que estavam procurando por Jennifer Nayara Caetano de Souza, alvo de um mandado de prisão. Após o anúncio do nome, a moradora ficou ainda mais indignada: “Quem é Jennifer Nayara? O mandado está na casa errada”, disse.
Jennifer Nayara é uma advogada que mora na casa em frente a que foi invadida. Ela acordou durante a confusão, saiu na rua, se apresentou aos policiais e foi presa. Um vídeo mostra quando ela foi até o local ainda de pijamas.