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    porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024

Polícia Federal tem operações afetadas por cortes no orçamento, situação deve piorar

Policiais da Operação Argos, que combate crime organizado em portos, foram desmobilizados depois do cancelamento de diárias


r7

Publicada em: 19/04/2024 11:02:44 - Atualizado


Depois de cortes, o orçamento da Polícia Federal para este ano está R$ 203 milhões menor do que em 2023. A redução afeta despesas como pagamento de diárias, contratos de terceirizados, manutenção predial e manutenção de viaturas, apurou a RECORD. Segundo fontes na corporação, uma das mais atingidas é a Operação Argos, que coíbe o crime organizado em portos e atua na GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

A partir de maio, outras operações e investigações devem ser prejudicadas, já que os recursos que ainda restavam para pagamento de diárias devem acabar. Estão na lista a Lesa Pátria, que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, e a Libertação, que atua na remoção de pessoas não autorizadas de terras indígenas e no combate ao garimpo ilegal.

Os serviços migratórios e a emissão de passaportes também devem ser comprometidos a partir do próximo mês. O pior cenário é esperado para agosto. ”Se orçamento não for recomposto, teremos severas restrições”, afirmou uma fonte na PF à reportagem.

Segundo delegados da corporação, seria necessária uma recomposição de ao menos R$ 527 milhões para o funcionamento normal dos trabalhos este ano. Em ofício enviado no final de março ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a Polícia Federal avisou que precisaria cortar serviços essenciais caso não houvesse recomposição orçamentária.

Servidores da pasta afirmam que desde março há negociações com o ministério do Planejamento e Orçamento para evitar que verbas essenciais não sejam contingenciadas.



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